Coluna do Sarney

Está acontecendo uma grande transformação em nosso Estado, passando ao largo da consciência da opinião pública. É que estamos mudando o patamar de nossa economia agrária e extrativista para uma economia industrial e de serviços, com produtos nobres de alto valor e necessitando de uma força de trabalho qualificada, capaz de atender às necessidades presentes e do futuro. É notável o trabalho que o Estado, a Fiema e as grandes companhias estão fazendo para formação de mão de obra qualificada.

O porto do Itaqui, ou melhor, o conjunto portuário do Itaqui, que tem vários portos, como o de desembarque de combustível, o porto comercial, o de minério, o Tegram – terminal de grãos – que está sendo concluído, numa obra de grande proporções, a ampliação de vários terminais, como o da Vale, no qual ela investiu cerca de três bilhões de dólares, os terminais de cimento, a reativação da fábrica de pelotas e em breve, como esperamos, a localização da Terceira Esquadra, que será um grande avanço para o Maranhão, pela importância desse Comando. O Itaqui, assim, como eu sempre pensei, será o carro-chefe do Estado, na certeza de que em torno de um grande porto sempre se desenvolve uma grande civilização e área de progresso. O Itaqui é um dos dez mais importantes portos do mundo. Basta ver que só aqui e em Roterdã aportam os navios tipo 400 mil toneladas.

O gás do Maranhão já nos assegura também ser o nosso Estado o responsável por 50% do gás produzido em terra no Brasil. E os geó-logos acreditam que temos também petróleo e agora ele começará a aparecer nas perfurações que estão sendo feitas na plataforma. Nós já estamos produzindo, nas várias formas de geração de energia elétrica, 2,8 gigawatts, com grande perspectiva de crescimento. Já somos os responsáveis por 20% da geração termoelétrica brasileira e neste momento de seca estamos participando decisivamente para evitar qualquer crise. Agora mesmo, a dez quilômetros da atual usina de Santo Antônio dos Lopes foi descoberto um novo campo gigante, cuja perspectiva é que ele dobre o volume de gás do Estado, no caminho da profecia do Eike Batista, que, qualquer que seja o seu inferno astral, nós reconhecemos ter sido o pioneiro do gás do Maranhão – acreditou e investiu. Foi o único dos seus empreendimentos que não lhe deu a menor dor de cabeça.

O sul do Maranhão, que esteve quase se separando do Estado, hoje está integrado, graças ao trabalho de Roseana, que construiu todas as estradas daquela região e dirigiu para ela grandes investimentos, de modo que, hoje, o sul tem a grande fábrica de celulose da Suzano, a siderúrgica que falamos tanto em fazer em São Luís em fase de inauguração em Açailândia – a Aço Verde, do grande empreendedor Ricardo Nascimento -, enquanto o polo de Grajaú e o polo Agrícola de Balsas são responsáveis pelo Maranhão ter produzido no ano passado três milhões de toneladas de soja.

A Refinaria da Petrobras é favas contadas, ali já foram investidos 1 bilhão e duzentos mi-lhões de reais, e em maio os outros editais de continuidade da obra serão feitos. À frente desse esforço está o grande maranhense e ministro Edson Lobão, que também participa no caso do gás.

Em todos os municípios há obras estaduais, todos sendo ligados por estradas asfaltadas, já com o gigantesco esforço dos 43 hospitais já concluídos, das 10 UPAs, dos hospitais de alta complexidade, campus universitários, reflorestamento, fim da aftosa, reba-nho de mais de oito milhões de rezes e sobretudo a certeza de que o Maranhão é um estado em que o investidor pode vir e investir porque aqui se considera o empresário uma alavanca do progresso.

O programa contra a pobreza tem assegurado apoio à agricultura familiar, melhoria da qualidade de vida dos mais necessitados e a sintonia com os programas de Lula e da pre-sidente Dilma tem feito com que diminua a mortalidade infantil, aumente a expectativa de vida e melhorem dos índices sociais.