O Plenário da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (27), rejeitou a convocação de secretários do Governo do Maranhão. A Oposição queria a convocação de três secretários – João Bernardo Bringel (Planejamento e Orçamento), Olga Lenzza Simão (Cultura) e Ana Graziela Costa (Casa Civil).
A chefa da Casa Civil seria convocada para prestar esclarecimentos sobre o pagamento de precatórios judiciais e os dois primeiros iriam prestar esclarecimentos sobre critérios adotados para a liberação das emendas parlamentares referentes ao exercício de 2014.
A convocação de secretários para falar sobre as emendas parlamentares foi a que mais levantou polêmica no Plenário. O líder do governo na Casa, o deputado César Pires (DEM), fez questão de encaminhar a votação pela rejeição das convocações.
“Não vi nada, nada mesmo que venha justificar uma convocação até porque por aqui passou Ricardo Murad, passou Fernando Fialho, e não vi nada extraordinário, mas todos que passaram é porque teve algum processo de denúncia mediática que fez com que nós aceitássemos esse tipo de convocação, o que convenhamos não é o caso”, assegurou.
César Pires, que já havia ligado para todos os líderes dos Blocos governistas para pedir o voto pela rejeição das convocações, ainda lembrou que historicamente as emendas parlamentares jamais foram concedidas aos oposicionistas, mesmo quando os hoje oposicionistas, foram governo.
“Fui oposição, fui líder de oposição, e ninguém foi aqui foi líder de oposição e de governo. Portanto, eu experimentei as aguarias de ser oposição e as falsas benesses que imagino de ser governo. Naquele momento a mim foi negada qualquer possibilidade e não há registro de eu ter recebido nenhum tipo de emenda. Aceitei, eu acho que era um preço que eu tinha que pagar pelas minhas decisões, pela minha opção política. Também não vi os meus colegas na época de governo aqui se lamentarem quando recebiam também as emendas. Não vi naquele momento, ninguém defender que nós, enquanto Oposição, recebêssemos as emendas. Além disso, não vejo a culpabilidade de um secretário nessa escolha”, finalizou.