Por Thiago Bastos
Repórter Jornal O Estado do Maranhão
O primeiro mata-mata da Copa do Mundo aconteceu mesmo antes das oitavas de final, na Arena das Dunas (RN). Italianos, donos de quatro títulos mundiais (camisa pesadíssima!) e uruguaios (donos de dois títulos mundiais, uma camisa que entorna cerca de arame farpado) travaram hoje um duelo que não esbanjou técnica. Por isso, remeto à Neymar…é…talvez o jogo não interessasse a ele…dono de um talento invejável. Não sei se o craque brasileiro curte um jogo mais brigado.
Itália e Uruguai foi marcado pelo respeito, luta e coração. Este último elemento sobrou aos uruguaios que, há alguns dias, estavam eliminados por muitos críticos de plantão. Enquanto Prandelli entrou num 5-3-2, com a zaga da tricampeã Juventus (Barzagli, Bonucci e Chiellini), Tabarez, desejando seu time um espelho do adversário, pregou uma peça. Divulgou o time num 4-4-2 quando na verdade os distribuiu em campo num 3-5-2 (com Cáceres, até então lateral direito, deslocado para a zaga).
A mudança uruguaia não surtiu o efeito necessário na etapa inicial. Pirlo e principalmente Verratti (que jogador bom de bola do PSG) dominaram o meio-campo. Faltou infiltração, insinuação ao ataque italiano (que poucas vezes teve isso na sua história). Ballotelli, nitidamente incomodado com a presença de Insigne (artilheiro do último campeonato italiano pelo Torino) na dupla de frente.
O Uruguai foi um time ineficaz no primeiro tempo. Pouco atacou e pouco foi incomodado. No segundo tempo, um lance determinante. Prandelli dizia nos bastidores que dificilmente time italiano resistiria em campo com um a menos nas condições climáticas do Brasil. Pois Prandelli, que foi extremamente cuidadoso ao tirar Balotelli no intervalo, já pendurado com um cartão amarelo, foi surpreendido com a expulsão tola e justa de Marchisio, seu ponta de lança.
A partir daí, Uruguai se viu em uma situação que, para a celeste, é inusitada. Teve que tomar as rédeas do jogo e atacar o adversário, que jogava pelo empate. Godin – o herói do Atlético de Madrid no título espanhol deste ano – foi novamente o herói do seu país com uma cabeçada indefensável (ou teria sido com as costas o gol?). Uruguai épico e histórico fez novamente história. O fantasma de 50 pode ter voltado em formato de vampiro (com a mordida esdrúxula e burra de Luis Suarez em Chiellini).
Uruguai e Itália protagonizaram um capítulo que, para mim, foi inesquecível em Copas do Mundo. Não pelo aspecto estético, mas pelo da intensidade. É…talvez não fosse jogo para Neymar ver mesmo…ou teria sido?
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Com a vitória por quatro a um sobre os japoneses e as três vitórias na Copa, a Colombia de José Pekerman se colocou com uma das boas seleções do torneio. É favorita contra o Uruguai no sábado no Maracanã…assim como eram Itália e Inglaterra…
vc e gostoso meu gt jogo bem