Por Thiago Bastos
Repórter Jornal O Estado do Maranhão
Foi empolgante, a meu ver de forma surpreendente, a primeira fase da Copa do Mundo de futebol no Brasil – vide às polêmicas com superfaturamento de estádios, obras de mobilidade urbana que não saíram do papel, e por aí vai. Foram 136 gols marcados em 48 jogos, uma média ótima de 2,83 por partida. Os públicos nos estádios também marcaram. Foram 2.454.377 pessoas presentes nos estádios até agora, com uma média de pouco mais de 51.132 torcedores por partida (quem dera que nosso Brasileirão tivesse uma média como essa).
Argentina e Bósnia, na primeira rodada do grupo dos hermanos no Maracanã foi a partida com maior público até o momento nesse mundial (74.738). Em compensação, o jogo menos prestigiado foi na Arena Pantanal, entre Russia e Coréia do Sul (37.603 pessoas assistiram pessoalmente a peleja). Em resumo, nos números, a Copa é um sucesso.
Algumas seleções, por boas exibições e regularidade, se destacaram na primeira fase. São os casos de Holanda, França, Colômbia, Argentina, Brasil (apesar de ressalvas) e Alemanha. Duas seleções decepcionaram, casos de Itália e Inglaterra, apesar do grupo difícil. Portugal, a meu ver, não foi nenhuma surpresa a sua eliminação. Time de Paulo Bento e Cris Ronaldo veio com sérios problemas técnicos e de relacionamento no grupo para este mundial.
Na ordem dos melhores jogos, estão Alemanha 2 x 2 Gana (muito bom) e Itália 0 x 1 Uruguai (muito mais pelo aspecto de emoção do que pela técnica). Posso ter esquecido de algum, mas na média, foram mais bons jogos do que ruins. Tivemos algumas peladas também. Irã 0 x 0 Nigéria, por exemplo, foi de doer.
Já na relação dos melhores jogadores, destaco dois: Robben e James Rodriguez (da Colômbia, este último). Neymar e Messi também foram fatores de desequilíbrio. Benzema e Muller também se destacaram. Na polêmica, não há como fugir do capítulo Suarez e a mordida. Por sinal, punição a meu ver exagerada da dona Fifa, que deveria se preocupar com o mesmo rigor com outras questões, como o ingresso de pouco mais de 3 milhões de dólares, sem nenhuma fiscalização, para os jogadores de Gana. Ou mesmo a escolha estranha do Catar como sede do Mundial-2022.
Em resumo, o Mundial, até o momento, supera as expectativas do torcedor aqui que vos fala. Mas alerta, a partir de agora, é um outro mundial. Seleções favoritas poderão ficar no meio do caminho. E outras que passaram “cambaleando” de fase poderão se fortalecer. É aguardar para ver…