Por Adriano Sarney
Sou um apaixonado pelos casarões, ruas e becos do Centro Histórico. Acredito que apenas a cooperação entre os governos estadual, federal, municipal, iniciativa privada, entidades de classe, ONGs, imprensa, institutos de ensino, órgãos internacionais, enfim, a sociedade civil organizada, poderá iniciar um verdadeiro processo de transformação do Centro da cidade, necessário para a revitalização deste tesouro maranhense.
Infelizmente, temos visto a degradação tanto material quanto humana desse bairro; estruturas seculares se acabando com o tempo e o crack, a violência e a miséria acabando com a vida de muitas pessoas. Ainda que bem intencionado, o poder público, por si só, não conseguirá dar sustentabilidade ao Centro Histórico, mesmo com os investimentos anunciados pelos Governos Federal, Estadual e Municipal que pretendem aplicar recursos da ordem de R$ 133 milhões do PAC Cidades Históricas. É, no entanto, evidente que estas ações têm um foco essencialmente estrutural com o claro objetivo de recuperar logradouros públicos e equipamentos de uso comum da população, tais como o Largo do Carmo, Mercado Central, entre outros citados pelo programa. O que nos interessa, neste caso, são os passos seguintes à recuperação proposta e que devem, obrigatoriamente, se conduzir concomitantes às intervenções físicas para que não haja uma nova deterioração do patrimônio em curto espaço de tempo. É necessária a presença ativa e vibrante da iniciativa privada para que haja o interesse em preservar o espaço, investir e cobrar com mais ênfase os serviços públicos e de manutenção. Para fazer a roda da economia girar é preciso agregar valor ao mercado local. Além do comércio tradicional da Rua Grande e suas imediações, complementado com a oferta de artesanato e serviço de bares, restaurantes e hotelaria predominantes na área, é necessário investir em outras atividades que tenham viabilidade econômica e que promovam a circulação de pessoas e valores de forma constante e permanente.
Aqui mesmo, na Região Nordeste, em Recife (PE), o projeto Porto Digital, com base na clara identificação da vocação tecnológica do Estado de Pernambuco, reuniu há cerca de 10 anos grupos acadêmicos de pesquisa, a Universidade Federal de Pernambuco e empresas de tecnologia e levou para o centro histórico da capital pernambucana, o Recife Antigo, apenas R$ 33 milhões que foram transformados em obras de reforma de ruas, instalação de fibra óptica e criação de um núcleo de governança. O projeto emprega hoje quase 7 mil pessoas espalhadas em mais de 200 empresas de tecnologia instaladas no local e gerou um faturamento total em 2010 de incríveis R$ 1 bilhão.
Entre outros setores importantes da economia, considero que a cultura e as atividades ligadas a chamada Economia Criativa são a grande vocação do Estado do Maranhão. Destacamos, em nosso caso, Gastronomia, Artesanato, Cinema e Vídeo, Artes Cênicas, Literatura, Música, Dança, entre outras. Todas com forte componente cultural e às quais a atividade econômica e empresarial consegue aderir de forma positiva e organizada. Além disso, devemos incentivar o setor de tecnologia, como por exemplo a criação de softwares voltados às atividades ligadas a Economia Criativa.
Segundo a antropóloga Cláudia Leitão, ex-Secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura, “Temos que promover uma ocupação de prédios históricos que seja inclusiva e que gere riqueza”, e, ainda, referindo-se especificamente a São Luis, “O Maranhão precisa tornar a diversidade um ativo para a sua economia. Precisa ir muito além do título de Patrimônio da Humanidade”. Assim, a sustentabilidade econômica do Centro Histórico aconteceria com a inserção dos elementos culturais que marcam a nossa singularidade, tais como danças e manifestações folclóricas, música, teatro, literatura, cinema, gastronomia, artesanato, renda, enfim, toda a diversidade que tanto caracteriza nosso povo. Esse projeto representaria a ocupação diferenciada dos imóveis e áreas recuperadas com atividades permanentes às quais se agregariam outras, patrocinadas pelas Instituições de Ensino Superior, mesclando tecnológica, inovação, tradição e artes. O comércio tradicional permaneceria importante para a sustentação de um modelo diferenciado e criativo para o Centro Histórico de São Luís e o turismo se intensificaria como consequência do renascimento da região.
Essa ocupação, mais democrática e com maior participação de agentes econômicos, culturais, acadêmicos e políticos comprometidos com uma nova proposta, somente pode se concretizar com a atuação de cidadãos e gestores públicos cientes de suas responsabilidades e com a visão empreendedora necessária a projetos sustentáveis. A solução para o Centro Histórico de São Luís é o que venho discutindo ao longo de meus artigos semanais: cooperação e empreendedorismo.
A partir de agora faço uma pausa na série “Desenvolvimento Regional Sustentável” que venho publicando neste espaço aos domingos devido a campanha eleitoral na qual serei candidato a Deputado Estadual. Após o término do pleito eleitoral, continuarei analisando o potencial econômico das regiões maranhenses e de que maneira podemos trabalhar essas vocações para desenvolvermos o nosso Estado de maneira sustentável, durável, com responsabilidade social e ambiental.
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Adriano Sarney, economista, empresário e administrador, Coordenador Metropolitano do Partido Verde/MA, Mestrado em Economia na Université Paris I Sorbonne, Pós-Graduação em Gestão na Universidade Harvard.
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É verdade. Existe um potencial enorme. Falta explorar. Ter a coragem de iniciar e buscar. Parabéns para o Silvio Meira, que acreditou, lutou e colheu os frutos da iniciativa onde, percebeu que tecnologia e centro histórico podem conviver plenamente. Aliás, tudo isso nos mostra que a solução como você citou no artigo, é muita mais ampla do que a vontade política pode fazer.
Gosto das idéias desse jovem. Estamos precisando mesmo de alguém com esse discurso de sustentabilidade.
Meu voto de deputado estadual será dele, com certeza
Sr. ADRIANO SARNEY A MAIOR OPORTUNIDADE DE RECUPERAR O CENTRO HISTORICO, ESTA NAS SUAS MAOS E DE SUA TIA , A GOVERNADORA ROSEANA E VCS NADA FIZERAM APENAS ROUBARAM OS SONHOS DAS PESSOAS COM MENTIRAS E LADROAGEM QR. MARCA DA SARNEYZADA , BANDO DE MIZERAVEIS,
potencial os casarões e o acervo arquitetônico tem. só falta o interesse principalmente do governo em executar melhoriasnos locais.
Kkkkkkkk essa matéria é uma piada … Esse rapaz nunca freqüentou o centro histórico , nao sabe i
Nome de uma rua …. E o blogueiro abre espaço para uma matéria ridícula, piegas , eleitoreira e com certeza paga! Parabéns pro blogueiro
Esta tentando enviar esse ai goela abaixo das pessoas que acessam seu blog? Esse ai é mais ensaiado do que o Loro José, como não colou a materia do acidente do avião, agora ele virou conhecedor se sustentabilidade e historiador? Já presenciei esse rapaz trocando ideias com amigos e foi uma piada..kkk. Não sabe piegas alguem esta fazendo esse testo pra ele ou esta usando google….
Eu sou amante da história e aprecio o acervo arquitetônico da capital, todavia fico indignada com o abandono que vejo hoje. os esforços do Iphan e das secretarias da área parecem não ser suficientes. É bom saber que alguém da política além de interesse, tem paixão pelo Centro Histórico. Sempre faltou empenho dos gestores, principalmente do estado em zelar pela nossa história. Espero que com alguém tão influente faça a cabeça da própria familia em prol do Ma.
Adriano e´um jovem , que admiro muito , sempre responde os recardo que deixo pra ele no face parabéns jovem vai enfrente , sempre popula com as pessoas ,
queria muito conhece vc quado vê na minha cidade bjs;;