Por Thiago Bastos
Repórter Jornal O Estado do Maranhão
Antes da análise, é preciso deixar claro que faremos aqui apenas um exercício, com base em observações do que cada seleção classificada para as quartas-de-final da Copa Mundo fez até agora. Além de expor os pontos fortes e fracos de cada time, vamos fazer algumas previsões dos confrontos e até ter a ousadia de apontar um favorito em cada jogo (não quer dizer que o mesmo vencerá no final).
Jogo 1 – Brasil x Colombia
Felipão reuniu alguns jornalistas e chegou à conclusão de que o time taticamente precisa de ajustes (ufa, aleluia!). Porém como analisar um time que não treinou nos últimos dois dias e cuja psicóloga chama mais a atenção do que nosso “professor”?. Difícil. Repito: Não vamos nem considerar mudanças na escalação inicial. Se Brasil tiver o mesmo comportamento das oitavas, com ligação direta, abusando das bolas aéreas e indo muito mais na base do “vamu lá, Brasil!” do que da técnica, seleção corre grandes riscos de ser eliminada pela Colombia que, a meu ver, apesar de adversários tecnicamente um tanto quanto questionáveis, jogou o futebol mais consistente até o momento desta Copa.
É preciso que Felipão, por exemplo, defina a marcação (individual ou por setor) em cima de James Rodriguez. Será necessário ainda um reforço na cobertura nas costas de Marcelo, já que Cuadrado jogará por ali.
Bem, imaginando um Brasil com um meio campo com Fernandinho e Paulinho, e talvez sem Fred e com Hernanes no meio, vamos dar um crédito aqui e apostar no Brasil, apenas e exclusivamente por jogar em casa e com maior responsabilidade de vencer.
Palpite – Brasil
Jogo 2 – França x Alemanha
Apesar do futebol germânico com mais tradição em Copas e de trabalho a longo prazo feito por Joachim Low (com a base de Klismann lá em 2006), com meio campo mais consistente, vejo a França à frente neste confronto. As características atuais do time alemão,com posse de bola e infiltração através de triangulações, pode favorecer o ataque rápido da França, que conta com os ótimos Valbuena e Grizzemann. Se Deschamps não inventar, colocando Giroud e Benzema na mesma equipe, creio em França na próxima fase.
Palpite – França
Jogo 3 – Holanda e Costa Rica
A Holanda é a equipe que apresentou maiores variações táticas, até aqui no torneio. Saiu por exemplo do 5-3-2 contra o México para um 4-4-2 com dois pontos e dois centroavantes na frente. Van Gaal, apesar da sua arrogância, tem conceitos de posicionamento de equipe mais bem definidos. Contra os bravos costarriquenhos, de bom time, deverão sofrer – porém deverão passar.
Palpite – Holanda
Jogo 4 – Argentina e Bélgica
Esse deverá ser o jogo mais aberto dessa fase, pelas características das equipes. Argentina tem um problema grave e que, até agora, não foi resolvido. Com dois homens enfiados na linha de frente, Messi é obrigado a virar enganche e organizar o time. Muitas vezes, o 10 da Argentina recua e busca a bola com os dois volantes argentinos (Mascherano e Gago). A distância entre o setor do campo onde ele busca a bola e o gol fica distante.
Os melhores momentos de Messi foram nas costas dos volantes adversários, ou seja, mais próximo do gol. Se Argentina resolver quem levará a bola para o craque argentino (poderia ser Di Maria, com uma função mais bem definida nesse sentido), deverá passar. A Bélgica tem um time que se provou talentoso, porém não maduro o suficiente para encarar uma fase ainda mais aguda da Copa.
Palpite – Argentina