ANÁLISE: Felipão sinaliza com poucas mudanças. Apostará na estrela e no trabalho de 2013

Por Thiago Bastos

Repórter de O Estado do Maranhão

Brasil-campeãoApós idas e vindas e diversas especulações, Felipão deu a entender na entrevista de hoje antes da partida contra a Colômbia que irá incluir apenas Paulinho no lugar de Luiz Gustavo suspenso, apesar dos problemas evidentes da seleção brasileira, especialmente no meio-campo. Claramente, se fizer isso (e acredito nisso!), ou seja, mudar pouco a equipe, Felipão apostará em dois fatores: em sua estrela e principalmente no trabalho realizado desde o ano passado de montagem desta equipe.

Caso esta opção seja confirmada, acho preocupante, especialmente por se tratar de um enfrentamento contra uma equipe que, apesar da baixa experiência em grandes jogos, está mais entrosada e tem um trabalho a longo prazo mais consolidado. As dúvidas que ficam, caso Felipão opte pela escalação mais conservadora, deverá ter cuidado com o posicionamento dos seus volantes. Fernandinho, mais recuado, deverá ficar com a incumbência de dar o primeiro combate em James Rodriguez, ou o homem da sobra da defesa nas estocadas de Guardado, que não guarda posição e que gosta de jogar verticalmente, ou seja, da ponta para o centro.

É preciso também analisar o que Felipão apresentará como opções ofensivas, no caso de adversidade do placar. Deu indícios durante o pálido e improdutivo período de treinos (só um na verdade pra valer) que deverá lançar William (mal aproveitado por sinal nesta Copa do Mundo) e Hernanes (ou talvez Ramires). Bernard e Jô deverão ser, neste caso, as segundas opções do professor brasileiro para tentar mudar o jogo. Henrique deverá ser utilizado apenas circunstancialmente, para defender o resultado e fechar a casinha.

Já a Colômbia deverá vir com a mesma equipe que venceu o Uruguai, com Téo Gutierrez e Jackson Rodriguez enfiados entre os zagueiros brasileiros.  Jogo de amanhã dependerá fundamentalmente do comportamento colombiano. Se não sentir a partida emocionalmente (lá vem esse papo de novo…), será o adversário mais difícil do Brasil nesta Copa. Caso contrário, poderá ser presa fácil.

Independentemente do resultado, como amante do futebol, espero que finalmente o Brasil se apresente ao mundo com um futebol moderno e empolgante de se ver em campo. Futebol brasileiro precisa se transformar, se reinventar. E a nossa seleção é parte integrante nesse processo.