O vice-prefeito de Timon, médico Danisio Marabuco, oficializou por meio de sua conta pessoal no Facebook, a retirada da sua candidatura a deputado estadual pelo PCdoB.

O comunista chegou a protocolar os documentos para requerer o registro, mas foi convencido pela direção do partido deixar o “projeto pessoal” de lado em troca da coordenação da campanha de Flávio Dino (PCdoB) ao Governo do Estado na região.

“Depois de lutar por um desejo pessoal de ser candidato, de ter ido à convenção estadual do partido e de ter protocolado os documentos para ser homologado como candidato a deputado estadual, recebi o convite para trabalhar na campanha do candidato Flávio Dino. Não abdico dos meus princípios, mas aceito trocar o meu projeto pessoal pelo projeto da coletividade”, escreveu.

O discurso de Marabuco, no entanto, não condiz com a realidade dos fatos. A saída do comunista da corrida por uma vaga na Assembleia Legislativa já estava escrita há meses.

Essa foi uma das condições impostas pelo prefeito de Timon, Luciano Leitoa (PSB), e do pai dele, Chico Leitoa (PDT), para manter o voto em Flávio Dino, já que eles apoiam o engenheiro Rafael Leitoa (PDT), primo de Luciano, para deputado estadual.

O caso foi, inclusive, tema de uma reunião entre o próprio Flávio Dino e o presidente do PCdoB de Timon, João da Gráfica (relembre). Depois disso, Marabuco ensaiou uma reação e chegou a afirmar que era candidato em qualquer circunstância num evento da oposição na cidade.

Detalhe: Marabuco era o mais bem colocado pré-candidato a deputado estadual numa pesquisa realizada em Timon e divulgada em março deste ano (reveja). Talvez por isso os Leitoa tenham pressionado tanto por sua saída da disputa.