A transição para a democracia
Da Coluna do Sarney
Às dez horas, na noite de 14 de março de 1985, Aluízio Alves chamava-me ao telefone para dizer que Tancredo Neves tinha sido internado no Hospital de Base de Brasília. Faltavam apenas 12 horas para o momento em que devia prestar o compromisso constitucional, tomando posse no cargo de presidente da República.
Nunca pensei que a partir daquele momento o destino me entregasse uma página da História do Brasil num dos seus mais difíceis momentos.
Fui ao Hospital e disse a Ulysses que não desejava assumir e esperaria o restabelecimento de Tancredo, por quem tinha grande admiração. Os acontecimentos tomaram outro rumo e coube-me presidir a transição democrática.
Quando vejo aproximar-se os 30 anos desse período e leio o livro do brasilianista Schneider dizendo que foi a mais exitosa das redemocratizações da América Latina, tenho a consciência de que prestei um grande serviço ao meu país. E hoje vejo os ventos da liberdade varrerem o Brasil e mais uma eleição tranquila, sem riscos institucionais, para presidente, governadores e casas legislativas. Lembro-me da imagem de Ruy Barbosa, do carvalho e da couve. O carvalho é definitivo, dura, como o cedro do Líbano, mil anos e a couve apenas semanas.
Plantei carvalhos e não couve. Nossa democracia é a segunda maior do mundo ocidental, com 141 milhões de eleitores, sólida, moderna na votação e na apuração sem riscos de fraude e desordem.
Comecei por criar o Ministério de Reforma Agrária – palavra maldita naqueles tempos. Legalizei os partidos que estavam na clandestinidade, inclusive o PCdoB, e por isso recebi o reconhecimento de João Amazonas, fundador e ícone do Partido, que também elogiou Roseana pelo que ela ajudou na legalização do PCdoB, que foi nosso aliado no Maranhão muitos anos, participando da “oligarquia”.
Tive a coragem de mudar a economia e não aceitar o modelo ortodoxo, saindo para o Plano Cruzado, que abriu caminho para que tivéssemos o Real.
Convoquei a Constituinte. Assegurei seu funcionamento. Eu sabia que as outras Constituintes brasileiras tinham dado em retrocessos institucionais. Fui o primeiro a jurar a Constituição.
Implantei os programas sociais que depois melhoraram e ampliaram, mas todos nasceram lá, a começar pelo combate a fome, com o Programa do Leite, considerado então pela Unesco o melhor do mundo. Oito milhões de litros de leite por dia eram distribuídos às crianças carentes.
Dei anistia a todos os sindicatos sob intervenção, legalizei as Centrais Sindicais, reconheci 1.269 entidades sindicais, e convoquei eleição para as capitais e municípios de segurança nacional.
Graças ao meu temperamento democrático, da tolerância, do diálogo, da compreensão, foi possível presidir e construir a transição democrática. Se hoje temos 26 anos de uma Constituição que assegurou liberdade e direitos sociais, tenho orgulho de ser grande responsável pelos resultados.
Por isso mesmo a festa democrática que o povo vive nestas eleições, e viveu nas passadas e viverá nas futuras, foi fruto de uma engenharia política que passou pelas minhas mãos. Sei que a História me faz justiça e tenho presente o provérbio chinês que “quando se vai beber água num poço não se deve esquecer quem abriu o poço”.
Sarney viverá no passado, é bem melhor para ele, pois o presente é ingrato, afastado da campanha nacional, pois os aliados fazem questão de manter distância dele e na sua terra a eleição está praticamente perdida, pois os erros foram muitos, desde o desgaste na escolha de Luís Fernando pela governadora, sem apoio dos caciques do PMDB, fora os escândalos amplamente divulgados na mídia nacional. Edinho 30%, entrou de gaiato, estava praticamente eleito para o senado, foi atirado as pressas para ser o candidato ao governo, sem traquejo, conseguiu afastar a governadora e passa pelo mesmo problema de Luís Fernando, falta de apoio.
Jornalista imbecil se sem criatividade e ou inteligencia pra escrever algo interessante, e ai fica reproduzindo textos idiotas de outro idiota e imbecil.
O velho Sarney se acha! Seu ego e vaidade beiram o ridículo e patético.
Nunca foi um estadista, como tenta fazer crer; e ele, mais que ninguém, sabe muito bem disso.
JOSÉ SARNEY VOCÊ SERÁ APENAS UMA PÁGINA VIRADA NA TRISTE HISTÓRIA DO MARANHÃO E DO BRASIL. SOU BRASILEIRO E MARANHENSE E VEJO COM OS MEUS PRÓPRIOS OLHOS O LAMAÇAL DE MISÉRIA QUE VOCÊ DEIXOU, PRINCIPALMENTE O MARANHÃO, SIMPLESMENTE PARA SATISFAZER SEU AMOR PELO PODER E PELO DINHEIRO. E TAMBÉM, COM ESSES MESMOS OLHOS, ALCANÇO O SONHO DE UM MARANHÃO MAIS JUSTO E LIVRE.
NÓS VAMOS LUTAR ATÉ O DIA DA ELEIÇÃO PELA VITÓRIA DE FLAVIO DINO 65 E QUE ESSA MALDITA OLIGARQUIA SEJA EXTIRPADA DA FACE DA TERRA……ENQUANTO VOCE, LEDA, GANHA PRA DEFENDER ESSA OLIGARQUIA, EU E MUITOS, MAIS MUITO MESMOS, FAZEMOS PELO SENTIMENTO DE MUDANÇA RADICAL… O POVO QUER E VAI MUDAR E NAO TEM LOBO, SARNEY E BITA DO BARAO QUE Dê JEITO.
no principio,sarney criou os ceus e a terra.o maranha estava informe e vazio;as trevas cobriam o abismo e o espirito de sarney pairava sobre as agua. sarney disse”faça-se a luz! e a luz foi feita……..e ai por diante tudo que equexiste foi sarney que fez.
Caro Gilberto, gostei da matéria, e acredito que Sarney pode ser tudo, menos idiota, burro e muito menos ingrato, pois a maioria da “oposição” já bebeu dessas “fontes” que tanto insistem em apontar da família Sarney, não se faz mudança em palavras e muito menos apontando o que não foi feito, mas sim fazendo o que não foi feito e o que se precisa de fato fazer, as pessoas falam em arrogância e prepotência, porque idealizam pessoas como SALVADORES, o Maranhão é triste principalmente em falta de conhecimento, e aqueles poucos que o adquirem insistem em achar que a MUDANÇA, vem de alguém que por muitos anos bebeu da “fonte” que tanto julga.
Valeu Gilberto, criativo, inteligente e imparcial.