“Serei o presidente da união nacional”, afirma Aécio Neves

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O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou neste domingo (26/10), em Belo Horizonte (MG), que, caso seja eleito, reunificará o país hoje dividido e iniciará um novo ciclo de desenvolvimento social e econômico. Em entrevista concedida logo após votar pela manhã na capital mineira, o candidato afirmou também que a melhor forma de conquistar essa conciliação nacional é honrar todos os compromissos assumidos durante a campanha, atendendo principalmente a população mais pobre.

“Se vencer essas eleições, a primeira grande missão que terei é exatamente dar unificação ao país. E vamos fazer isso demonstrando que as acusações que nos faziam os partidários da candidata oficial nada mais eram do que terrorismo para se manter no poder. Vamos mostrar que os programas sociais vão ser mantidos e aprimorados. Vamos cumprir cada um dos compromissos que assumi com os brasileiros”, afirmou.

Aécio afirmou que tem melhores condições de fazer esse entendimento do que a candidata do PT, Dilma Rousseff, justamente pela campanha de calúnias e mentiras que foi levada adiante pela adversária. “Vou governar para os que mais precisam, vou governar para os mais pobres, para as regiões que mais precisam da ação do Estado. Eu me vejo pronto, se vencer as eleições, para ser o presidente de todos, o presidente da união nacional, de um novo ciclo de crescimento e de desenvolvimento sustentável no país”, acrescentou.

Aécio disse que a campanha eleitoral teve duas marcas absolutamente antagônicas e muito fortes. A primeira delas protagonizada pela campanha adversária e pelo PT, definida pelo candidato como “a mais sórdida campanha já feita no país, com ofensas, com calúnias, com mentiras, protagonizada por um partido político que quis se manter no poder a qualquer custo”.

“Será uma triste página na história da democracia brasileira a forma como o PT tratou os seus adversários, fosse o Eduardo [Campos], fosse a Marina [Silva]”, afirmou.

Como segunda marca desta eleição, o candidato indicou a mobilização que o país viveu a favor de mudanças.

“O Brasil acordou, foi para as ruas para dizer que não aceita mais que um partido se julgue dono do seu destino. Os brasileiros, nos últimos dias, foram para as ruas de todas as partes do país para dizer que querem eles próprios construir o seu futuro, o seu destino”, disse Aécio. “Portanto, eu já me considero vitorioso por ter podido, de alguma forma, contribuir para essa redescoberta dos brasileiros da sua própria capacidade de influenciar e, eu espero, decidir o seu futuro”, completou.

Aécio afirmou se sentir honrado de chegar ao final da disputa eleitoral defendendo valores nos quais acredita, falando a verdade e apresentando aos brasileiros um caminho virtuoso do desenvolvimento econômico e social.

“Repito algo que li ontem no túmulo da minha avó em São João Del Rei, uma frase de São Paulo: ‘Combati o bom combate e jamais perdi a fé’.”

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de uma alta abstenção nas urnas favorecer um ou outro candidato, Aécio falou em defesa da democracia.

“Não consigo interpretar se isso é benéfico para um ou para outro candidato. Como cidadão, gostaria que o maior número possível de brasileiros fossem às urnas e dissessem o que querem para o seu país, ou a continuidade disso que está aí ou a oportunidade de iniciarmos um novo e vigoroso ciclo”, disse. E acrescentou: “O que tem que vencer, acima dos partidos, das candidaturas, é a democracia. Infelizmente, os nossos adversários protagonizaram um momento muito triste para a própria democracia, mas em compensação os brasileiros foram para as ruas e esse, sim, é o momento mais lindo e mais marcante, que ficará definitivamente marcado na minha memória”.