O deputado estadual Marcelo Tavares (PSB) é, hoje, uma espécie de coringa da oposição.

Um dos quadros políticos mais qualificados da base do governador eleito, Flávio Dino (PCdoB), ele foi nomeado pelo comunista como coordenador da equipe de transição e já indicado para a Casa Civil do novo governo.

Mas pode ser obrigado a adiar a posse no Executivo estadual para cumprir uma missão, digamos, mais espinhosa.

É que a oposição vê com preocupação a possibilidade de a governadora Roseana Sarney (PMDB) renunciar ao mandato no fim deste mês.

Caso isso ocorra, pode haver nova eleição para o Governo do Estado e para a presidência da Assembleia.

Entre os governistas, está tudo acertado: elege-se Arnaldo Melo (PMDB) governador e um aliado para a presidência da Casa – de preferência um deputado reeleito.

O objetivo é fazer esse presidente poder tentar a reeleição, contra Humberto Coutinho (PDT), já ocupando o cargo.

E é aí que entra Marcelo Tavares.

Oposicionistas na AL já o procuraram com duas proposta: ser candidato a governador na indireta, e ajudar a eleger o presidente do Legislativo; ou aceitar a eleição indireta de Arnaldo e ser ele, Tavares, o candidato a presidente – criando as condições para a futura eleição de Coutinho.

Marcelo enxerga as duas possibilidades com ressalvas. E tem dito a aliados que, se é para entrar na briga, que se ganhe ela antes do início.

Como?

Esvaziando o plenário e não deixando passar a PEC da eleição indireta.

Os oposicionistas garantem que, atualmente, já contam com 20 votos…