São Luís – O volume da produção industrial referente a outubro de 2014 apresentou leve crescimento em relação ao mês de setembro, marcando 47,6 pontos. Apesar disso, a Sondagem Industrial do Maranhão – pesquisa elaborada mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) – ainda revela receio do empresariado maranhense.
O resultado foi reflexo da sensível melhora das empresas de pequeno porte (51,1 pontos), enquanto que as de médio e grande porte obtiveram apenas uma mínima elevação (45,8 pontos). As indústrias nordestinas tiveram um acréscimo de 2,1 pontos em relação ao volume de produção de setembro, o que caracteriza também aumento na confiança.
O índice brasileiro, pela primeira vez no ano, ultrapassou o patamar dos 50 pontos e alcançou estabilidade ao marcar 50,8 pontos.
No que se refere à utilização da capacidade instalada (UCI) de outubro de 2014, o índice se manteve estável, permanecendo na média dos 72%. Já a UCI efetiva-usual retraiu em 4,2 pontos, caracterizando queda nos últimos três meses. O estoque de produtos finais caiu no mês em questão, marcando 47,5 pontos e no que se remete ao estoque planejado para outubro também houve uma queda, com o índice situando-se na faixa dos 45,8 pontos. O número de empregados apresentou uma elevação, subindo para 48,3 pontos, mas não conseguiu novamente transpor a linha divisória dos 50 pontos. A perspectiva dos industriais maranhenses para os próximos seis meses é de certa falta de confiança.
Apesar da demanda pela produção se estabelecer acima dos 50 pontos, todos os outros índices apresentaram queda. Pode-se destacar a forte redução em 9,1 pontos do indicador de exportação. Esse cenário se desenha, principalmente, pela decadência dos índices da expectativa para os próximos seis meses das médias e grandes empresas.
Indústrias dos segmentos de alimentos, vestuário, couros, derivados do petróleo, biocombustíveis, química, limpeza e perfumaria, plásticos, minerais não metálicos, metalurgia, produtos de metal, veículos automotores, móveis, manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos participaram da sondagem de outubro de 2014. Os questionários foram aplicados de 3 a 12 de outubro de 2014.
Construção civil – Já a Sondagem Indústria da Construção do Maranhão, específica do segmento da construção civil, apontou que o nível de atividade no setor se elevou em 4,2 pontos registrando 52,3 pontos e caracterizando aumento quanto ao mês anterior.
A evolução se deu em consequência das médias e grandes empresas, uma vez que estas apresentaram uma elevação de 5,1 pontos em seu índice (52,6 pontos). As pequenas indústrias, ao contrário, tiveram uma redução em seus números, marcando 50 pontos, mas se mantendo estáveis. Já o número de empregados demonstrou uma alta de 1,1 ponto, devido a considerável elevação do indicador das pequenas empresas, que subiu de 45 pontos em setembro para 53,6 pontos no presente mês.
Os índices de nível de atividade, tanto do Brasil (42,7) quanto do Nordeste (45,5) continuaram a apontar para uma tendência de queda, por se localizarem abaixo da linha divisória dos 50 pontos.
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) do estado cresceu em outubro, marcando 64%. Já a do Nordeste e a do Brasil caíram, apontando 60% e 65%, respectivamente. Os índices que se referem às expectativas para os próximos seis meses se mantiveram estáveis perto dos 50 pontos, apesar da queda nos indicadores de compras de matérias-primas (50,6 pontos) e de novos empreendimentos (49,4 pontos).
A Sondagem Indústria da Construção do Maranhão é elaborada mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Participaram da pesquisa empresas construtoras de edifícios, empresas de serviços e de obras de infraestrutura, no período de 3 a 12 de novembro de 2014.