Enquanto o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), e a deputada federal Eliziane Gama (PPS) despontam como as duas principais opções de pré-candidaturas para a eleição na capital em 2016, o PMDB, maior partido do Maranhão e detentor do maior tempo de TV no horário eleitoral gratuito, ainda luta para “arrumar a casa” após uma disputa – a de 2014 – que o deixou bem menor no estado.
Dono da maior bancada de deputados estaduais na Assembleia Legislativa – foram quatro os eleitos -, o partido vive um dilema: é atualmente o menos influente grupo de parlamentares na Casa, já que decidiu não formar nenhum bloco com outras legendas. Resultado: até para participar de comissões técnicas os peemedebistas precisaram contar com o estabelecimento de acordos, o que enfraqueceu ainda mais a sigla em plenário.
Aliado a esse enfraquecimento, o PMDB vive uma espécie de cisão interna, que se tornou ainda mais aguda quando da eleição para a Mesa Diretora da Assembleia.
Na ocasião, os presidentes estadual e municipal do partido, respectivamente o senador João Alberto e o deputado estadual Roberto Costa (PMDB), defendiam uma espécie “de entendimento” com a base governista – que elegeu Humberto Coutinho (PDT) presidente -, enquanto o ex-deputado Ricardo Murad e a deputada Andrea Murad opinavam pelo endurecimento do discurso e o fortalecimento da postura de oposição.
Murad, por sinal, segue defendendo uma participação mais ativa do partido como líder da consolidação da oposição. Para ele, o debate sobre a eleição de 2016 pode ser adiado um pouco.
“Acho que o primeiro objetivo deve ser a consolidação da oposição, porque você está vendo a dificuldade de se consolidar isso. Então, a meta inicial é isso, consolidar o partido no campo da oposição, de forma bastante clara, insofismável, juntar com os demais partidos também que precisam formar esse campo e, depois, pensar num nome para 2016”, declarou.
Segundo ele, as menções a possíveis candidaturas de Edivaldo Júnior e Eliziane justificam-se pelo resultado da eleição de 2012. “Quem tem pretensão direta é o prefeito, que quer permanecer, e a deputada Eliziane Gama, que quer ganhar. Então, desses dois, naturalmente, é muito justificada a candidatura prévia, com tanta antecedência”, completou.
Força – O presidente do Diretório Municipal, deputado Roberto Costa, por outro lado, não comentou o enfraquecimento da legenda e disse acreditar que o tempo de TV disponível é um dos trunfos para o pleito do ano que vem.
“Em São Luís [o PMDB] sempre teve uma força muito grande e, na sua estrutura, uma coisa extremamente importante, que é tempo de televisão. O PMDB é o partido que tem mais tempo de televisão hoje, entre todos”, destacou.
Ele pondera que a direção partidária iniciará em uma semana uma série de debates “para discutir São Luís”, e inserir o PMDB efetivamente no debate sucessório.
“Em São Luís, começamos uma discussão interna, dentro da Executiva, e vamos reunir o Diretório Municipal já na próxima semana, primeiro para traçar metas do partido para 2016 em São Luís. Vamos conversar com os nossos pretensos candidatos a vereador para começar a preparar a chapa para a disputa das eleições na capital”, relatou.
O presidente estadual do partido, senador João Alberto, faz ainda um alerta antes do início das discussões. Segundo ele, a reforma política pode alterar drasticamente as regras do jogo para a eleição do ano que vem – em caso de prorrogação de mandatos de prefeitos, ou aprovação da regra que obriga candidatos à reeleição a deixar o mandato seis meses antes da disputa.
Para o peemedebista, isso não impede o debate, mas faz com que ele seja travado “com o pé no freio”. “Esses são dados importantíssimos que mudam completamente qualquer pensamento com relação à eleição de 2016. Isso, é óbvio, não impede que o PMDB esteja se preparando”, disse.
Partido perdeu possíveis nomes para próxima eleição
Após a eleição de 2014 e a derrota do grupo do qual o PMDB fazia parte, o partido experimentou uma debandada em massa.
Nos últimos meses, três proeminentes peemedebistas deixaram a legenda: o ex-deputado federal Gastão Vieira – que assumiu recentemente o controle do PROS no Maranhão; o ex-secretário de Infraestrutura e da Casa Civil do governo passado e ex-prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva – que deve ir para o PCdoB do goernador Flávio Dino; e o prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, que decidiu abandonar o grupo liderado pelo PMDB no fim do processo eleitoral de 2014.
Dos três, pelo menos Gastão Vieira e Luis Fernando seriam nomes indicados para a discussão sobre candidatura própria do partido.
Para Roberto Costa, as saídas foram encaradas com naturalidade. “O partido entende e vê como natural esse processo político de saída de alguns membros dele, em relação ao pleito passado, muito em função do processo também de governo”, destacou.
João Alberto também disse encarar com naturalidade esses movimentos e justifica as saídas comparando-as à postura de deputados que se elegeram na base do grupo comandado pelo PMDB e que agora marcham com o novo governo.
“Pode ser o governo do diabo, pode ser o governo de Deus, para quem estiver no governo eles estão agarrados no governo. Se você fizer uma análise dos políticos que lá estão, você vai ver esta tendência. Esta é a tendência. Então, nós temos que conviver com isto até as vésperas das próximas eleições”, disse.
Gilberto,
O problema do PMDB são só dois:
1. Tá catingando por ser oposição;
2. Os membros do Partido deixaram de ser filhos de pai Rico- pq filhos de pai rico são assim, podem até brigar, mas na hora da festa do pai, tá todo mundo sorrindo pra foto.