O Governo do Estado comemora hoje um direito de resposta obtido judicialmente contra O Estado, por matéria absolutamente correta, jornalística e eticamente, envolvendo mortes no Hospital Macrorregional de Coroatá, em 18 de abril. A decisão judicial soa como uma vitória retumbante do “governo da transparência” contra a imprensa. Acrescente-se às comemorações, a vitória da mordaça palaciana, do cerceamento da liberdade de informação, da prepotência e do autoritarismo.
Rememoremos os fatos. Ao receber a denúncia, O Estado tomou o devido cuidado de ir à cidade de Coroatá, para ouvir as partes envolvidas. Entrevistou familiares e funcionários – que não quiseram se identificar por medo de represálias. Além disso, conforme procedimento obrigatório da Redação, buscou esclarecimentos da outra parte, no caso a Secretaria de Estado da Saúde. Feito isso, tratou de publicar na íntegra a nota enviada pela SES na qual foram negados os problemas apontados pelos funcionários do hospital e pelas famílias dos pacientes mortos.
Em toda a reportagem, em nenhum momento o jornal apontou responsabilidade da direção do hospital sobre os óbitos, mas considerou a possibilidade ante os relatos das fontes. Assim como também considerou a negativa apresentada pela SES. Tanto que – repita-se – publicou na íntegra a nota encaminhada pelo órgão.
Mas o governo Flávio Dino não ficou satisfeito com isso. Não queria – e não quer – ser confrontado ou questionado na “sua perfeição”. Precisava dar provas de força, de que tem poder para obter até mesmo absurdo direito de resposta por uma matéria que, em rigor, já havia dado o devido posicionamento oficial.
O Departamento Jurídico de O Estado estranhou a decisão. Mas, por hora, coube ao jornal cumprir a determinação judicial sem precedentes na história do jornalismo maranhense – um direito de resposta por uma reportagem que ouve os dois lados e segue todos os preceitos do bom jornalismo. Enfim…
Essa é a forma de agir do nosso “governo da transparência”. Para bom entendedor… E o Maranhão tem bons entendedores, meus caros. Estejam certos disso.
não se pode mais pedir direito de resposta? o judiciário agiu de maneira errada ?
agiu errado. não cabe direito de resposta numa reportagem que já havia publicado a íntegra de uma nota oficial do Governo do Estado. Direito de resposta
Gilberto, como dar crédito a um documento cheio de erros de português e apócrifo?
Apócrifo? Pelo visto o amigo não leu o documento. O funcionário está identificado
Documento sem assinatura é apócrifo amigo. Mesmo que tenha sido um relatório, quem o produziu necessita assiná-lo, pra dar legitimidade ao documento. É o que diz o manual de redação institucional da Presidência da República, parâmetro para todo documento produzido pela Administração Pública. Esse, além de totalmente mal redigido, não tem sequer uma rubrica…
autor do depoimento está aí identificado. não há desculpa