Ligado a Pacovan, assessor do governo foi secretário em São Mateus

José Wellington pediu exoneração do cargo na tarde de ontem

mateus

De O Estado

O superintendente da Secretaria de Assuntos Políticos e Federativos (Seap) José Wellington da Silva Leite, que teve um cheque de R$ 5 mil encontrado dentro de um cofre do agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan, no bojo das operações “Maharaja” e “Morta Viva”, no início do mês, decidiu entregar o cargo que ainda ocupa no Governo do Estado.

Em carta-renúncia ao titular da pasta, Márcio Jerry (PCdoB), ele deixou o cargo à disposição, mas ainda não recebeu resposta sobre o pedido. O Estado tentou contato com o secretário para saber seu posicionamento sobre o caso, mas ele não deu retorno ao contato até o fechamento desta edição.

No meio da semana, após a revelação da apreensão do cheque, ele disse apenas que não tinha como saber que o assessor tinha relações com o contraventor.

“Imagina só se eu teria a capacidade de adivinhar que um funcionário teria um cheque de R$ 5 mil na mão de um agiota”, escreveu.

Ainda assessor da Seap até decisão do secretário Márcio Jerry, José Welington já teve ligações com a Prefeitura Municipal de São Mateus.

O Município também foi citado nas operações de combate à agiotagem no Maranhão, depois que dois cheques assinados por auxiliares do prefeito Miltinho Aragão (PSB), no valor de R$ 106 mil cada, foram encontrados no mesmo cofre (releia).

Antes de assumir o cargo no Governo do Estado, José Wellington atuou na Secretaria de Finanças de São Mateus.

Nessa condição é que ele foi designado pelo próprio prefeito para, em dezembro de 2013, integrar uma comissão responsável pela verificação do quantitativo em dinheiro em poder do então tesoureiro da prefeitura, Washington José Oliveira Costa.

O procedimento é uma praxe na prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão. Juntos, ambos assinaram um “Termo de Verificação de Saldo em Caixa”, encaminhado à corte.

Whashington Oliveira, até então titular da Secretaria Municipal de Finanças, assumiu a culpa pelo repasse dos dois cheques a Pacovan e, assim como José Wellington, também pediu exoneração do cargo após a descoberta (reveja).

“O senhor prefeito não autorizou a emissão de cheque a terceiros”, disse o agora ex-auxiliar em carta-renúncia, ignorando, porém, o fato de que havia dois, e não apenas um cheque em posse de Pacovan.

Dias depois, o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Augusto Barros, declarou à imprensa que o caso terá que ser investigado (veja mais).

“No caso de São Mateus já tem um dado mais forte, que é a presença do cheque. Ali nós já temos uma dose muito elevado de certeza de que, vai ter que ser investigado, porque esse cheque estava sob o poder de agiota. Então a pouco do que se discutir sobre isso”, disse.

2 pensou em “Ligado a Pacovan, assessor do governo foi secretário em São Mateus

  1. Sim, o cara pediu para sair e encerra-se o assunto?
    Ora, TODO mundo sabe que os “diálogos pelo Maranhão” foram financiados em grande parte por Dedé Macedo que reconhecidamente é o maior Hellbank ( nos usa os agiotas são conhecidos como ” banqueiros do inferno” ) do estado do Maranhão.
    Gilberto, o problema é alguém gritar PEGA LADRÃO no interior do Palácio dos Leões.

  2. Quem foi o analfabeto que escreveu essa nota?Legalmente não existe R$0,00(zero reias).E nem de fato.

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