A bancada maranhense na Câmara dos Deputados está inclinada a não apoiar qualquer eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) que seja protocolado em Brasília.
Ouvidos por O Estado durante a semana, deputados federais do Maranhão relataram, em sua maioria, que votarão contra o impedimento, caso algum processo seja levado adiante.
Mais do que isso, os defensores da manutenção do mandato da petista dizem acreditar que não há clima no Congresso para a cassação de Dilma por essa via “Não acredito que, até esse momento, se tenha embasamento jurídico para um pedido dessa natureza”, avaliou Aluisio Mendes (PSDC).
Para o deputado Hildo Rocha (PMDB), como a presidente não foi acusada de nenhum crime de responsabilidade previsto na Constituição Federal, não há que se falar em impeachment. O peemedebista pediu “respeito às leis vigentes” ao posicionar-se contra qualquer processo nesse sentido.
“Sei que o Governo Federal vai muito mal, o que tem elevado o grau de desaprovação do governo, mas isso não é motivo para o impedimento da presidente. Temos que respeitar as leis vigentes para o fortalecimento da democracia e o respeito do nosso país perante o mercado internacional”, destacou.
O deputado André Fufuca (PEN) não vê “fato concreto” que determine um pedido. “Até que se tenha um fato concreto, sou contra”, disse.
Oposição – Dos deputados ouvidos pela reportagem, apenas dois manifestaram apoio à possibilidade: João Castelo (PSDB) e Eliziane Gama (PPS), ambos de partidos da oposição à presidente Dilma Rousseff.
Para o tucano, diante da crise que se instalou, o “remédio mais adequado” é a mudança do governo por meio do impeachment, que ele classifica de “via constitucional”.
“Existe, hoje, um sentimento nacional de que a situação do nosso país é de total instabilidade econômica, política e social. Falta absoluta de credibilidade pela forma irresponsável e danosa como nosso país vem sendo conduzido por um governo incompetente e corrupto. O remédio mais adequado para resolver esta situação é mudar o governo através da via constitucional que é o impeachment”, ressaltou.
Já Eliziane acredita que o impedimento é o caminho natural. “Estamos debatendo e seguiremos a orientação partidária. Agora, há um caminho natural para o impeachment. A população brasileira parece estar muito certa disso”, comentou.
Bando de tapados! Vão esperar quebrarem de vez o país ou uma revolta civil p entenderem o que se passa lá pelas bandas do Planalto???
E alguém tinha dúvida disso?
Estado que mais votou para a eleição da petista não agiria diferente….
Da leitura, conclui-se o seguinte: os entendimentos de Fufuca, de Hildo Rocha e de Aluísio Mendes se baseiam nos clichês mais propagados pelos filopetistas que, em síntese, não há enquadramento jurídico para tal (“fato concreto”, “não há crime de responsabilidade” e “embasamento jurídico”). A opinião de Zé Carlos, que não é do PSDC, mas sim do PT, não é racional, mas sim dogmática, imutável. João Castelo é PSDB, mais linha dura que Eliziane, do PPS, esta mais ponderada, mas ambos possuem entendimento, a meu ver, mais conforme com as revelações das investigações da Operação Lava-Jato. E, pelo que sabe por sites jornalísticos como O Antagonista, é que as delações de Cerveró e Pedro Corrêa demonstrarão o protagonismo da ex-Presidente do Conselho da Petrobrás e atual Presidente da República, inclusive de seu mentor, o ex-Presidente Lula, na criação e execução do Petrolão. Aí, essas opiniões contrárias ao impeachment, que é um remédio constitucional, mudam com uma velocidade espantosa, superficiais que são.