O rompimento do contrato entre o Governo do Maranhão e o Instituto Cidadania e Natureza (ICN) – conforme determinação da Justiça Federal (reveja) – provocou uma série de incertezas e muita apreensão no sistema estadual de Saúde.

Médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares temem pelo pagamento de salários, sobretudo porque o ano chega ao fim e, com isso, a hora de receberem, também, parcela do 13º salário.

Além disso, já há notícias de que cirurgias começam a ser suspensas por falta de material.

Motivo: o ICN subcontratava fornecedores desses produtos. Com a saída do Instituto, eles não têm segurança de continuar fornecendo o material sem saber como, nem quando receberão pagamento.

O subsecretário de Saúde, Carlos Lula, garantiu ontem (18), em entrevista ao jornalista Jorge Aragão, no programa Abrindo o Verbo, da Rádio Mirante AM, que todo o pessoal que prestava serviço ao Estado via ICN será absorvido pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh).

Nas palavras dele, tudo parece muito simples.

Mas não é.

E o Governo do Estado precisa solucionar o mais rápido possível a situação. Sob pena provocar uma piora ainda maior no atendimento médico nas unidades de saúde do Maranhão.

(Foto: Biné Morais/O Estado)

Conciliação

Servidores que prestaram serviço pelo ICN e foram demitidos recentemente estivaram hoje (19) no Ministério Público do Trabalho (MPT) para ver se conseguem receber salários e direitos trabalhistas devidos pelo Instituto.

Seria realizada uma audiência de conciliação, mas ninguém da organização apareceu e uma nova reunião foi marcada para o dia 1º de dezembro.

Em um dos casos relatados ao Blog do Gilberto Léda, funcionários da Unidade Mista do Maiobão receberam aviso prévio no dia 9 de outubro. O aviso venceu no dia 9 de novembro e eles ainda não receberam os valores referentes às rescisões.

O clima é de revolta.