De O Estado
Deputados estaduais do Partido Verde (PV) e do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) discutem a composição de novo bloco parlamentar para o segundo ano da atual legislatura na Assembleia Legislativa.
PV e PMDB possuem as maiores bancadas da Casa, ao lado do PDT, com quatro deputados eleitos e em exercício, cada. Caso seja consolidada a nova conjuntura, as legendas forçam mudanças nas composições das comissões técnicas do Parlamento, que são montadas justamente de acordo com os números de membros de cada bloco.
Integram o PV, Adriano Sarney, Edilázio Júnior, Rigo Teles e Hemetério Weba. Atuam pelo PMDB, os deputados Roberto Costa, Andrea Murad, Nina Melo e Max Barros.
De acordo com Roberto Costa, os partidos discutem abertamente a possibilidade de nova composição. Ele destacou que faltam apenas detalhes para a consolidação da aliança.
“O PMDB enxerga com muitos bons olhos essa composição e acredita que os partidos podem sim somar. O que precisamos definir neste momento é justamente qual partido ficará com a liderança do bloco e quais serão os membros indicados para as comissões. Acredito que estamos iniciando um bom diálogo”, disse.
Adriano Sarney também falou da articulação entre as bancadas do Legislativo. “Já existe um diálogo bastante avançado neste sentido, portanto, é possível sim que essa composição seja consolidada”, enfatizou.
As comissões mais disputadas na Assembleia são as de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); de Orçamento, Finanças, Fiscalização e Controle; Defesa dos Direitos Humanos e das Minorias e a Comissão de Saúde.
No início da atual legislatura, em fevereiro de 2015, os partidos chegaram a ensaiar a composição de um bloco na Assembleia. Apesar disso, não houve consenso em relação a titularidade nas comissões técnicas e a aliança acabou não consolidada. PV e PMDB acabaram em bancadas independentes.
Ampliação
Ainda não está confirmado, mas caso os partidos decidam por formar novo bloco parlamentar, o deputado oposicionista Sousa Neto (PTN) também passaria a integrar o colegiado.
Próximo de Andrea Murad, Adriano Sarney e de Edilázio Júnior, Neto também tem bom relacionamento com os demais membros do PMDB e do PV. A entrada do parlamentar do PTN deixaria o bloco com nove membros e maior poder para a indicação de membros nas comissões da Casa.
Como os partidos envolvidos na discussão possuem membros de oposição e da base governista, o bloco parlamentar atuaria numa espécie de independência no Legislativo.
Mais
Ao todo, quatro deputados estaduais licenciados poderão retornar ao plenário da Assembleia Legislativa em fevereiro deste ano. Edivaldo Holanda Braga (PTC) e Graça Paz (PSL), substituirão os suplentes Toca Serra (PTC) e Cristovam Filho (PSL), respectivamente. Já Neto Evangelista (PSDB) e Bira do Pindaré (PSB), podem retomar as vagas deixadas aos suplentes Rafael Leitoa (PDT) e Fernando Furtado (PCdoB).