Por mais que existam movimentos de bastidores no sentido contrário, é pouco provável que o comando da Assembleia Legislativa mude de mãos em caso de antecipação da eleição para a Mesa Diretora.
Por “comando”, entenda-se a presidência e a vice-presidência.
No caso de Humberto Coutinho (PDT), a reeleição dele é consenso – seja a votação hoje, ou em janeiro do ano que vem.
Othelino Neto (PCdoB), o vice-presidente, tem também boa margem para se manter no posto, mas enfrenta alguma articulação na Casa.
Os demais membros, cada uma tenta se viabilizar como pode.
A vantagem de quem está sentado nas cadeiras de direção da AL, no entanto, é grande.
Explica-se: o atual mandato da Mesa vai até 31 de janeiro de 2017.
Em caso de mudança no Regimento Interno, para que se permita a antecipação da eleição, isso não quer dizer que a votação tenha que ser, obrigatoriamente, adiantada.
É apenas um direito.
Sendo assim, a partir do momento em que estiver garantida a possibilidade de antecipação, é a atual Mesa quem definirá a data.
E, com esse trunfo nas mãos, está claro que a votação só será marcada quando eles tiverem convicção de que terão um resultado favorável.