Que seja o leiteiro
Da Coluna do Sarney
Quarta-feira tomei conhecimento da íntegra da delação do senhor Sérgio Machado. Posso assegurar ao povo maranhense – que já conhece do que ele é capaz – que nela, em relação a mim, não há nenhuma afirmação verdadeira. Nunca recebi das mãos desse senhor nenhum centavo. Nunca discuti com os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá questão relativa a recursos financeiros. Não conheço nem nunca tive qualquer contato com os filhos do senhor Sérgio Machado nem com a pessoa por ele citada.
Fico reconfortado por a Constituição que ajudei a fazer ser sábia ao entregar ao Supremo Tribunal Federal a sua guarda, e não à Procuradoria Geral da República.
Todo mundo conhece minha vida, dedicada à busca da justiça social. Nunca estive envolvido com corrupção, a não ser para combatê-la. Os que me conhecem sabem que levo uma vida discreta, para alguém que exerceu os maiores cargos da República.
Fizeram uma armadilha. Um indivíduo, que conheci – pensava conhecer – por muitos anos, que tinha acesso à minha casa, a meu convívio, a minha mesa, depois de flagrado passou a me visitar para gravar nossas conversas. Chorava a injustiça de que estaria sendo alvo, lançava iscas, comentários longos que me induziam, procurando ser solidário, a dizer as frases que queriam ouvir e que desejavam que fossem ouvidas.
Já tinham pronta a ideia de me acusar de obstrução à Justiça. Não importava se as gravações não mostravam isso.
Estou processando Sérgio Machado, para esclarecer a verdade e punir o delator. O seu objetivo foi utilizar minha biografia para dar amplitude a sua delação. O das ações cautelares humilhar-me e desrespeitar-me. As raízes desse procedimento estão na política do Maranhão.
Mas não sou somente eu que devo ser objeto de preocupação. O Brasil está em crise. A economia se desfaz. O Executivo vive seu drama maior, o processo de impeachment. O Legislativo é atacado por todos os lados. O Judiciário parece refém da opinião pública. A confiança nas instituições acabou.
Isso é consequência de uma democracia imperfeita, que há muito denuncio. Há 28 anos, fui atacado quando falei que havia pontos na nova Constituição que tornariam o país ingovernável. Desde então venho pedindo reformas do Estado, do sistema eleitoral, tantas outras.
O Brasil não pode se reconstruir na divisão. Precisamos de conciliação, a velha fórmula que dominou os momentos felizes de nossa história.
Espero a resposta da Justiça às acusações sem qualquer fundamento que me fazem. A decisão do ministro Teori Zavascki desmanchou a primeira calúnia. O Supremo Tribunal Federal é a proteção de todo cidadão contra a calúnia e a injustiça.
Mas espero, sobretudo, que possamos viver o que Churchill explicava ser democracia: quando, de madrugada, ao ouvirmos o toque da campainha, sabemos que é o leiteiro, não a polícia.
José Sarney
mente que o povo gosta……….kkkkkkk
Esse Futi é muito cínico. Esse Lúcifer do Maranhão.
Para com isso, dizer que o povo te conhece, sabe do que você é capaz. Esse mesmo povo, também, conhece: Lobão, Lula, Aercio, Sérgio Machado, Collor, Jader, Renan e outros. Agora, jogar toda a culpa em Sérgio Machado, é uma estratégia de defesa, adotada por todos os envolvidos. Será que algum político corrupto assume seus erros, suas roubalheira? Jamais! melhor culpar quem está na força.
CINISMO É POUCO PARA CAPO DI TUTTI CAPI.
E A RAPOSA VELHA COM SEDE NA GALINHAS, CAIU FEITO UM PATINHO. TADINHO.
Fala sério !!!
Farsante esse senhor,ainda que tardiamente perdeu a máscara.
Na verdade, Sarney não era pra ser político e sim sacerdote. Trata-se de um anjo que caiu do céu por descuido.