Um bando armado provocou terror na madrugada deste sábado (13) na cidade de Coelho Neto.
Armados de escopetas de grosso calibre, eles se dividiram em três grupos: encurralaram policiais no quartel da PM, atiraram contra a delegacia de Polícia Civil, fizeram refém um grupo que estava em um bar e partiram para a agência do Banco do Brasil.
No local, explodiram caixas eletrônicos e levaram muito dinheiro.
Abaixo, alguns áudios revelam o desespero dos PMs durante a ação criminosa.
Sarney Filho teria usado helicóptero alugado pelo governo Roseana
Publicado em 13/08/2016 às 08:38 por John Cutrim
Veja – Com a Lava Jato alçando os números da corrupção a patamares nunca vistos e revelando estratégias jamais sonhadas, o caso que se verá a seguir chega a parecer coisa de criança. Uma auditoria realizada pelo governo do Maranhão reuniu indícios de que o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV) usou dinheiro do contribuinte para não ter de gastar do seu. Mais precisamente: viajou pelo estado em campanha eleitoral a bordo de um helicóptero custeado por dinheiro público, a pretexto de estar a serviço do governo. Dano para o Erário: 116.400 reais. Prejuízo para um país que sonha um dia livrar-se da política provinciana, delinquente e mesquinha: bem, aí é incalculável.
Segundo a auditoria, o ministro Sarney filho usou em 2014, junto com Adriano Sarney (PV), seu filho, um helicóptero contratado pelo governo do Maranhão, então sob o comando de Roseana Sarney para comparecer a eventos de campanha eleitoral – Sarney Filho buscava o nono mandato como deputado federal, Adriano Sarney debutava na disputa por uma vaga de deputado estadual.
O helicóptero foi contratado em novembro de 2013 pela Secretaria de Meio Ambiente com o objetivo de “atender às demandas” da pasta. Mas o primeiro voo só foi realizado em julho do ano seguinte, nove meses depois do início do contrato, durante a campanha eleitoral. Em 24 de julho, registros mostram que a aeronave decolou de São Luís para Tutóia, município de pouco mais de 50.000 habitantes a 350 quilômetros da capital maranhense, aonde só se chega depois de seis horas e meia de carro. No mesmo dia, o site mantido pelo deputado para documentar suas andanças durante a campanha destaca que ele esteve na mesma Tutóia. A coincidência de datas entre os eventos de campanha da família Sarney e os voos do helicóptero contratado com dinheiro público ocorreu outras dez vezes nos três meses seguintes. Em um dos casos, foram duas coincidências no mesmo dia: Sarney filho esteve pela manhã em Barreirinhas e à tarde em Pirapemas, a 300 quilômetros do primeiro compromisso. A aeronave fez nesse dia igual trajeto, como demonstram as notas fiscais dos voos. Durante o período em que permaneceu alugada pela Secretaria do meio Ambiente, ela realizou treze voos. Como em onze há indícios de que os principais passageiros foram os Sarney, é de desconfiar que a locação teve o único propósito de servir aos membros do clã que por cinco décadas exerceram o poder no Maranhão, estado que tem o segundo mais baixo IDH do Brasil, não avança no ranking desde 2000, apresenta o pior saneamento básico do Nordeste e registra a população mais pobre do país.
Sarney Filho entrou para a política aos 21 anos, em 1978, quando foi eleito deputado estadual. Desde então, não saiu mais. Em 1982, elegeu-se deputado federal pela primeira vez. Quando o pai estava prestes a deixar a Presidência da República, no início dos anos 90, chegou a almejar a condição de herdeiro político da família e ser candidato a governador, mas foi preterido por Roseana, sua irmã mais velha, que concorreu ao cargo quatro anos depois.
É a segunda vez que Sarney Filho ocupa o Ministério do Meio Ambiente. A primeira foi durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Deixou o cargo em 2002, depois que uma operação da Polícia Federal encontrou 1,34 milhão de reais em uma empresa de Roseana e seu marido, no episódio que enterrou a candidatura da primogênita pá Presidência da República e que foi atribuído a maquinações do PSDB. O tucano José Serra era candidato à sucessão de FHC.
A indicação de Sarney Filho para o governo Michel Temer teve o claro propósito de amolecer o coração de seu pai – junto com Renan Calheiros, ainda o nome mais influente no PMDB no Senado. A jogada não foi vã, como mostrou na semana passada o senador maranhense João Alberto Souza, que na votação da pronúncia do impeachment mudou de lado na última hora, traindo Dilma Rousseff e engrossando o placar dos 59 senadores que votaram pelo processo.
Procurado por VEJA, o ministro Sarney Filho negou que tenha utilizado o helicóptero alugado pelo governo da irmã e limitou-se a dizer que todos os seus gastos de campanha foram declarados à Justiça Eleitoral e aprovados. A Secretaria de Transparência e Controle do Maranhão vai dar seguimento à investigação.
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Dino faz palestra para juízes, enquanto muitos políticos fogem…
Publicado em 12/08/2016 às 17:08 por John Cutrim
Foto 5_Gilson Teixeira_11-08-2016- Conferência AJUFER (5)
O governador Flávio Dino foi o orador da palestra de abertura do XI Encontro da Associação de Juízes Federais da 1ª Região (Ajufer). Na platéia, cerca de 30 juízes federais de 10 estados da federação. A data, para quem conhece os ritos da magistratura, não podia ser mais especial, a quinta-feira 11 de agosto, Dia Nacional do Advogado. Presente ao evento, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo Soares.
Essa foi só mais uma de tantas demonstrações do prestígio que Flávio Dino mantém entre seus ex-colegas de magistratura, mesmo 10 anos após deixar a toga para dedicar-se à política. Em junho, o governador foi chamado para a cerimônia de posse da nova diretoria da Associação de Juízes Federais (Ajufe), em Brasília.
Atuando como deputado federal, presidente de autarquia federal e agora como governador, Dino nunca perdeu o respeito junto aos antigos colegas de judicatura. É o contrário do que se vê da maioria dos políticos…
Foto 8_Gilson Teixeira_11-08-2016- Conferência AJUFER (8)
Certa vez, o ainda deputado federal Michel Temer queixou-se a outros parlamentares que, ao virar político, havia perdido prestígio junto aos antigos colegas do mundo jurídico. Antes da carreira parlamentar, Temer era um constitucionalista respeitado no meio jurídico. Ao se transformar em político, virou mais um rábula do executivo.
Outro político maranhense, de mais triste memória, gaba-se de seus contatos no Judiciário, que o livram até hoje a ele e a sua família de processos. Mas mesmo com indicações do período em que foi presidente da República por acaso, ou que ocupou a Presidência do Senado, não lhe trazem o respeito da categoria, muito pelo contrário.
A respeitabilidade de Dino junto ao Poder Judiciário foi fortalecida mesmo entre aqueles que discordam das posições políticas do atual governador em função da coragem ao se expor nacionalmente na luta pela manutenção do mandato constitucional da presidenta eleita Dilma.
Mas a essência do respeito deve-se à lisura: já são mais de 10 anos na carreira política sem máculas. Sua atuação tanto na Câmara como à frente da Embratur ocorreram sem que se ouvisse uma única denúncia de corrupção.
Por outro lado, Flávio Dino também mantém respeitabilidade junto aos colegas no judiciário porque optou por transformar sua atuação política num desdobramento da essência do Direito: a promoção da justiça.