O governador Flávio Dino (PCdoB) passou vergonha ontem (24) ao desembarcar em Timon para um ato de campanha do atual prefeito da cidade, Luciano Leitoa (PSB), que tenta a reeleição.
Portando faixas e cartazes, professores da rede estadual de ensino cobraram a implantação do reajuste do piso salarial da categoria, definido em 11,36% pelo MEC, e melhorias nas estruturas das escolas.
Especificamente em Timon, o teto de uma escola estadual desabou sobre cinco alunos, há dois meses (reveja).
O governador tem enfrentado protestos por todo o estado, em virtude do não pagamento do direito dos trabalhadores.
Em Açailândia, disse a um grupo de docentes que “não posso fazer milagres” e deu a entender que eles deveriam estar satisfeitos porque “todo mês vocês recebem o salário de vocês” (leia mais).
Coincidentemente, ou não, após o aumento da pressão pelo reajuste, o comunista resolveu reagir: determinou a realização de uma auditoria na Secretaria de Estado da Educação (Seduc). E mandou vazar os dados do levantamento, apontando que pelo menos 2,4 mil professores ganham sem trabalhar no Maranhão e outros 3,1 mil não cumprem a carga horária exigida (veja aqui).
Para a categoria, a atitude soou como retaliação.
PROTESTOS ? COM CINCO PELADINHOS!!!
Se houvesse uma pessoa protestando isso não seria um protesto?
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O respeito ao voto popular, manifestado em eleições livres e diretas, é essencial para que tenhamos um Estado Democrático. O princípio fundador da democracia moderna pode ser resumido pela máxima “cada homem, um voto”, lapidada por John Locke. O pensador inglês vivia num mundo em que a vontade do rei valia mais que a de qualquer cidadão. Em contraposição, defendia um sistema decisório em que a opinião de cada um dos cidadãos teria peso igual. Aqui no Maranhão, até bem pouco atrás, vivíamos realidade semelhante à enfrentada por Locke. Um domínio pré-republicano em que duas ou três famílias consideravam-se donas de todo um estado, em um sistema de nítidas marcas oligárquicas.
O povo soube manifestar sua vontade e libertar-se dessas correntes que nos condenavam ao atraso, expresso nos piores índices sociais do país. Desde o primeiro dia de governo, com firmeza, estamos trabalhando para virar essa página e construir uma democracia assentada na busca da igualdade de direitos. Os primeiros números que começam a aparecer, como os de grande melhoria no IDEB (Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico) da rede estadual, me dão a certeza de que estamos no caminho certo.
No próximo domingo, os maranhenses são chamados novamente a manifestar sua consciência por meio do voto, declarando nas urnas seus desejos para o futuro de nossas 217 cidades. É tempo pois de refletir, já que esta semana que se inicia vale por quatro anos. Tenho convicção sobre o valor sagrado da vontade popular autônoma, por isso, no meu governo, o poder do Palácio dos Leões não foi usado como plataforma de candidaturas. Mantivemos o espírito de um governo democrático, republicano, que não faz operações com dinheiro público para financiar qualquer candidato que seja, ao contrário do que foi regra por 50 anos em nosso estado. E continuamos a combater duramente a agiotagem, esse perverso sistema em que campanhas são financiadas em troca do futuro controle de parcelas da máquina pública.
Eu tenho estado nas ruas, sempre aos finais de semana ou à noite, mas como militante das boas ideias, prestando contas sobre nosso trabalho e levando minha palavra de solidariedade aos companheiros de luta, não importando se eles vão ganhar ou perder. Procuro ser leal a quem é leal comigo, e tenho certeza de que essa é a melhor conduta.
A diferença temporal entre a visão de Locke no século 17 e a construção que fazemos ainda nos dias de hoje no Maranhão mostra como a consolidação da democracia é uma luta diária e ainda longe de sua batalha final.
Finalizo com um convite a todos. Vamos lutar para que essas eleições, na reta final, sejam limpas. Cada cidadão maranhense pode ser um fiscal da cidadania que garantirá a realização de um pleito limpo e sem interferências ilegais, em cada um de nossos 217 municípios. Para isso, disponibilizamos um serviço para alertar as forças de segurança sobre qualquer suspeita de crime eleitoral. É o Disque Denúncia que funcionará pelos telefones 3223-5800, em São Luís, e pelo 0300 31 35 800 no interior. Você ainda pode fazer sua denúncia pelo site https://www.ssp.ma.gov.br/disquedenuncia ou pelo email [email protected]. Todas as denúncias serão apuradas, com garantia de absoluto sigilo aos denunciantes.
O voto é uma escolha sua e de mais ninguém. E no Maranhão de hoje não há mais lugar para donos, senhores, coronéis. Vamos continuar a construir um Maranhão de liberdade de opiniões e de consciências, em que o dinheiro de ninguém valha mais do que a vontade coletiva. Boas eleições!
Esse governador é um verdadeiro comunista. Quem disse que ele não está impondo sua vontade nesta eleições. O derrame de dinheiro para tentar reeleger Edivaldo e como vice seu escravo o tal de Pinheiro. Em imperatriz vai passar vergonha, em Pinheiro também vai ter sua vontade contrariada, em Coroatá está usando do poder de mandar para asfaltar ruas sem terraplanagem e despejam o asfalto de qualquer maneira, em Lago da Pedra também vai passar vergonha. Isso é democracia?