Rachadura em ponte no Estreito dos Mosquitos preocupa motoristas

De O Estado

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Motoristas que trafegam constantemente pela Ponte Marcelino Machado, sobre o Estreito dos Mosquitos, que liga a Ilha de São Luís ao continente, estão preocupados com uma possível interdição do trecho, devido a uma rachadura que se formou sob a estrutura. Eles temem que a situação ocorrida de 2004 a 2006, quando houve interdição por problemas estruturais, se repita e eles sejam prejudicados no exercício de seu trabalho.

O caminhoneiro Genisclei Rodrigues, do Tocantins, fazia viagens para São Luís quando a ponte foi interditada da primeira vez, na década passada. Na época, em agosto de 2004, a passagem de um caminhão fez com que uma parte da estrutura cedesse, obrigando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a interditar a via para a passagem de veículos.

Com isso, os caminhões tinham de utilizar a ponte de ferro para fazer a passagem do continente para a ilha. Genisclei Rodrigues conta que, nesse trajeto, os pneus de seu caminhão eram furados e cortados, e ele tinha um enorme prejuízo. Sem falar no tempo que ficava esperando para fazer a passagem. Ou seja, os 15 dias que levava viajando chegavam a se converter em até um mês longe da família, tudo por causa dos atrasos na entrada da cidade. “A gente já passa um bom tempo longe de casa e ainda vêm essas complicações. Eles têm de dar um jeito de resolver”, destacou.

Outro caminhoneiro do Tocantins, Vágner Alves, também viveu essa época e se preocupou quando viu a reportagem sobre a rachadura na ponte. Na hora, veio a lembrança das agruras que passou quando viajava para São Luís. “Estava no Piauí quando vi a notícia e falei para os meus colegas que era na mesma ponte que já tinha dado problema”, explicou.

Já Carlos Ariones, de Goiânia, não esteve aqui entre 2004 e 2006, mas também tem medo da rachadura embaixo da ponte. Sua preocupação maior é que a ponte ceda e cause um acidente grave. Ainda mais que ela é a que recebe o maior fluxo de veículos pesados, já que os caminhões, carretas e bitrens geralmente chegam carregados à cidade e passam por cima da estrutura, que está comprometida. Na saída, os veículos voltam quase sempre vazios. “Tomara que não aconteça alguma coisa. Mas eles sempre esperam acontecer para consertar”, afirmou.

Rachadura
A rachadura na Ponte Marcelino Machado foi denunciada por O Estado no dia 5 de outubro. Na ocasião, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão (Crea-MA) ressaltou que seria necessária uma vistoria in loco para se definir a gravidade da situação. Na quinta-feira, dia 27, o Crea-MA, Defesa Civil estadual e Corpo de Bombeiros realizaram uma vistoria no local. Eles disseram que a situação é preocupante, que a construção está comprometida e que, se algo não for feito imediatamente, a ponte pode ir a colapso.

O fiscal do Crea-MA Rogério Silva afirmou ainda que, com base no que foi analisado, recomendaria ao Dnit a interdição parcial da ponte, com a suspensão do tráfego de veículos pesados até a resolução do problema.

Na segunda-feira, dia 31, o Dnit afirmou que já foi realizada uma vistoria técnica na ponte e está sendo providenciada, na Coordenação Geral de Desenvolvimento e Projetos (CGDESP), em Brasília, a melhor solução técnica para o problema.

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  1. APROVEITA E FALA UM POUCO SOBRE O INDICIAMENTO DA TUA CORRUPTA CHEFE, ROSEANA SARNEY, NO DESVIO DE 300000000,00 MILHÕES DE REAIS DA SECRETARIA DE FAZENDA DO SEU DESGOVERNO. AO MENOS PARA DIZER , COMO SEMPRE, QUE TUDO É FRUTO DE PERSEGUIÇÃO DE FLÁVIO DINO OU QUE A CULPA , COMO SEMPRE, É DOS SEUS SUBORDINADOS : TRINCHÃO , MARCOS LOBO E COMPANHIA LTDA.

  2. A ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) e outras dez pessoas foram denunciadas à Justiça pelo Ministério Público do Maranhão. São acusadas de causar prejuízos de R$ 410 milhões ao erário maranhense por meio de um esquema de isenções tributárias fraudulentas. A denúncia foi formalizada em 21 de outubro. Mas só agora a Promotoria divulgou a informação.

    Chama-se Paulo Roberto Barbosa Ramos o autor da ação. Ele é o titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica de São Luís. Anotou na denúncia que as fraudes foram praticadas na Secretaria de Fazenda do Maranhão, entre 2009 e 2014, durante o govenro de Roseana, que é filha do ex-presidente José Sarney.

    Entre as ilegalidades listadas pelo promotor Paulo Ramos estão: compensações tributárias ilegais, implantação de um filtro no sistema de computadores da Secretaria de Fazenda para mascarar as ilegalidades, reativação de parcelamento de débitos de empresas que nunca pagavam as parcelas devidas, sumiço de autos de infração de empresas no banco de dados e contratação irregular de uma empresa de tecnologia que garantiu a continuidade das fraudes.

    Eis um trecho da denúncia de Paulo Ramos: “O modus operandi da organização criminosa envolvia um esquema complexo, revestido de falsa legalidade baseada em acordos judiciais que reconheciam a possibilidade da compensação de débitos tributários (ICMS) com créditos não tributários (oriundos de precatórios ou outro mecanismo que não o recolhimento de tributos). Não bastasse isso, em diversas ocasiões, foi implantado um filtro para mascarar compensações realizadas muito acima dos valores decorrentes de acordo homologado judicialmente.”

    O promotor escreveu também na denúncia que a “organização criminosa contava com o decisivo beneplácito de Roseana Sarney.” Governadora do Maranhão na época das fraudes, ela é acusada de “ter autorizado acordos judiciais baseados em pareceres manifestamente ilegais dos procuradores-gerais do Estado por ela nomeados.” Sustenta-se também na denúncia que Roseana nomeou para cargos comissionados na Secretaria de Fazenda 26 pessoas que trabalhavam como empregados terceirizados da empresa de tecnologia da informação Linuxell.

    A denúncia do Ministério Público não é sinônimo de culpa. A Justiça terá de decidir se há na peça indícios que justifiquem a continuidade do processo. Se for consistente, sera aberta uma ação penal. E os acusados, convertidos em réus, exercerão o sacrossanto direito de defesa.

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