De O Estado
A bancada maranhense no Senado Federal avaliou como ‘restituição de direito’, a decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter o senador Renan Calheiros (PMDB) na presidência do Legislativo.
Calheiros havia sido alvo de uma decisão monocrática, do ministro Marco Aurélio Mello, que determinou o seu afastamento do cargo. A Mesa Diretora, contudo, não havia acatado a decisão, o que agravou a crise entre os Poderes Legislativo e Judiciário, em Brasília.
Para o senador João Alberto, a decisão da Suprema Corte corrige a decisão liminar de Marco Aurélio, classificada por ele de ilegal.
“O direito foi restituído. O Congresso Nacional havia sido açodado pelo Poder Judiciário com aquela decisão ilegal. O afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros, foi uma das muitas aberrações da Justiça. Nós não poderíamos nos agachar diante daquela situação. O Congresso Nacional precisa ser respeito como um Poder e não ser açodado como foi”, disse.
João Alberto afirmou que logo após a confirmação da decisão da Suprema Corte, ele ligou para o senador Renan Calheiros. “Liguei e parabenizei o Congresso pela vitória obtida. A vitória foi do Congresso Nacional, que havia sido desrespeitado com aquela decisão monocrática”, completou.
O senador em exercício Pinto Itamaraty (PSDB), também avaliou como positiva para o Congresso e para a democracia, a decisão de quarta-feira do Supremo.
“O presidente do Senado Renan Calheiros já havia definido uma pauta de matérias importantes para o Brasil, de tal forma que, tirar ele do posto neste momento, não seria bom. Entretanto, foi muito interessante quando o Supremo disse que ele não pode assumir a Presidência da República na linha sucessória. Acho que se o afastamento era por ele estar respondendo a uma ação penal e não poder assumir a Presidência da República, nada mais justo do que manter ele fora da linha sucessória, mas o deixando no comando dos trabalhos da Casa, uma vez que as sessões ocorrerão somente até o dia 15 e no retorno, em fevereiro, ele encerrará o seu mandato”, disse.
Correção
O senador Roberto Rocha (PSB), licenciado do mandato, também avaliou como uma correção, a decisão do STF de manter Calheiros no comando do Legislativo.
Ele disse que apesar da crise provocada, a decisão manteve a independência entre os Poderes.
“Estamos vivendo um momento muito difícil na nossa vida democrática. Uma espécie de eutanásia institucional. Executivo, Legislativo e Judiciário num processo de autofagia. Completa desobediência à nossa Constituição. O artigo 2 da Constituição Federal diz claramente que os poderes são independentes e harmônicos entre si”, disse.
Mais
O Estado também tentou entrar em contato com o senador Edison Lobão (PMDB), um dos mais experientes do Poder Legislativo, mas não conseguiu. Lobão pertence ao PMDB, mesmo partido político do presidente da Casa, senador Renan Calheiros.
Roberto Rocha diz que intromissão começou com prisão de Delcídio
O senador Roberto Rocha (PSB) afirmou que a crise institucional entre os Poderes começou com a prisão – classificada por ele de ilegal -, do senador Delcídio do Amaral, determinada em 2015 pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, no bojo da Operação Lava Jato.
Rocha lembrou que naquela ocasião, defendeu em Plenário o relaxamento – por parte da Mesa Diretora do Senado -, da prisão de Delcídio, o que não ocorreu.
Ele afirmou que dispositivo constitucional diz, no seu art 53 § 2º: Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. “Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”, disse.
“No artigo 5º da Constituição, diz: ‘XLIII – A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático’. Onde está Organização criminosa, da qual foi acusado Delcídio Amaral?”, questionou.
Ele afirmou que a decisão contra Delcídio feriu a independência do Congresso Nacional.
“O Senado não deveria ter se agachado ao Poder Judiciário por uma circunstância ou conveniência política. O que estava em discussão naquele momento não era o senador, mas o Senado. Não era o parlamentar, mas o Parlamento”, finalizou.
OLHANDO ESSE TRIO DE SENADORES, FICO ORGULHOSO DE SER MARANHENSE.
POIS É O STF CONTRARIOU AS RUAS. AINDA BEM
O Supremo Tribunal Federal votou contra as ruas que queriam a cabeça de Renan Calheiros e vai apanhar um bocado por causa disso. O mínimo que se diz nas redes sociais e adjacências é que a suprema corte brasileira entrou no julgamento da liminar do ministro Marco Aurélio rugindo como um leão, vociferando contra a recusa de Renan a ser notificado da decisão sobre seu afastamento, e saiu miando como um gatinho, decidindo exatamente da forma como esperavam o senador e o Palácio do Planalto. Vai ficar difícil explicar que não houve um “acordão” para salvar Renan, a PEC do Teto e a pauta econômica do governo.
A crise do momento, que não é a primeira e nem será a última, aparentemente acabou como uma tempestade institucional num copo d’água. O mandato de Renan Calheiros à frente do Senado se encerra em poucos dias, o que serviu para alimentar críticas quanto à intempestividade da liminar de Marco Aurélio e para que muita gente se perguntasse por que, afinal, tanta confusão. Na prática, o senador está também pouco ligando para a proibição de substituir o presidente da República nesse tempo que lhe resta. Mas haverá sequelas.
Edmilson Moura.
Blog REBELDE SOLITÁRIO.
O discurso ideológico é que menos interessa ao país nesse momento…temos que ter consciência da urgência de medidas, que visem restabelecer a confiança na economia e estanque o saldo negativo nas contas correntes do governo central. E claro, a liminar do ministro Marco Aurélio, só botou mais lenha na fogueira. Pois, uma liminar nesse caso, não caberia; traz insegurança institucional. Imaginem que o senado tem o poder de destituir ministros do supremo, vai que um senador mande um decreto legislativo assinado por meia dúzia e afasta um ministro…seria cumprido pela corte suprema? não! Pois é, as coisas não podem ser assim de forma truculenta e açodada.
Tres insignificâncias.
Tres pra nada.
Eita estado sem representatividade politica.
Os três patetas… E se depender de Flavio Dino ainda vai ter mais dois em 2018 para completar a tiriricagem… Meu Deus!!!