O velho antídoto

Da coluna Estado Maior

(Foto: Biné Morais/O Estado)

Jornais, blogs e programas de rádio alinhados ao governador Flávio Dino (PCdoB) amanheceram na sexta-feira, 23, fazendo festa para uma pesquisa do Instituto Exata que apontou 61% de aprovação popular ao governo comunista do Maranhão. Chamou atenção o fato de a pesquisa ser divulgada, de uma hora para outra, logo após informações de que o Palácio dos Leões já tinha em mãos números do desgaste de Flávio Dino por causa do aumento dos impostos.

Mas o impacto do levantamento Exata não surtiu o efeito esperado por uma questão simples: já é conhecido esse antídoto usado pelo comunista sempre que se vê em posição desfavorável em termos de popularidade. Nesses momentos, ele se utiliza de dois expedientes já notórios em sua gestão: uma entrevista de repercussão nacional ou uma pesquisa que mostra números favoráveis. Ou os dois juntos.

É sempre assim que o Palácio dos Leões se posiciona nos maus momentos do governador.

O fato é que o aumento intempestivo do ICMS – com incidência em combustíveis, bebidas, energia elétrica e comunicações – causou forte impacto negativo na imagem do governador, que se elegeu prometendo não aumentar impostos no Maranhão.

Não é a primeira vez que o Instituto Exata saca do bolso pesquisas de popularidade feitas a pedido do Palácio dos Leões – que mantém contrato institucional com a empresa – e sempre em horas difíceis para Flávio Dino.

Os números chegaram de forma tão abrupta às mãos dos agentes de mídia vinculados ao comunista que nem eles tiveram coragem de fazer o estardalhaço esperado pelo governador. Que, aliás, já havia aparecido com uma matéria publicada no jornal espanhol El País, no início da semana, outro de seus expedientes anticrise na imagem.

6 pensou em “O velho antídoto

  1. AGORA A EXATA NÃO PRESTA ????
    NA CAMPANHA DE EDIVALDINHO PRESTAVA ???
    FAÇA UMA RETROSPECTIVA DOS ACERTOS DELA

  2. SE A OLIGARQUIA NÃO ESTÁ ACREDITANDO NOS NÚMEROS DA EXATA, É FÁCIL RESOLVER A QUESTÃO : BASTA CONTRATAR A EMPRESA DE CONFIANÇA DO GRUPO, A ESCUTEC .

  3. E é certo que eram apenas 7 os participantes do fiasco armado contra o governador Flávio Dino, a título de protestar contra o ajuste do ICMS: 2 tinham ido ao encontro de uma multidão anunciada com todo estardalhaço, que não apareceu, tentar bater carteiras; 2 eram inconformados repórteres da Mirante e os outros 3 eram sonegadores de impostos contumazes, querendo saber se a lei de ajuste do ICMS não continha nenhuma cláusula que os ameaçasse de prisão. E, por algum motivo que se desconhece, nem os assessores de José Sarney e Roberto Rocha quiseram comparecer.
    E um Blog noticiou que para o fracassado evento mandaram fazer 500 camisas, só para os organizadores, mas nem eles, provavelmente com medo de serem reconhecidos pelas receitas estadual e federal, apareceram por lá. Noticiou mais, que na manifestação teria apitaço, buzinaço e bandeiraço. Teve: um apito, cujo som não saiu de jeito nenhum e que Sarney soprava desesperado, tentando chamar a atenção dos circundantes; a buzina do carro de Roberto Rocha disparada doendo nos ouvidos, pedindo passagem para escapar da vergonha e uma solitária bandeira, carregada por uma espécie de Rei dos Homens que gritava: “Procurem outro doido, eu não venho mais”.
    Para acabar de acabar, com muito mais manifestantes que o desesperado fiasco, do outro lado da Litorânea uma multidão de funcionários da Rádio Capital protestava contra 8 meses de atrasos de salários, décimos terceiros salários jamais pagos e nenhum recolhimento do FGTS, o que fez Roberto Rocha correr de vergonha ainda mais.
    Descobririam depois que a malharia que confeccionou as 500 camisas não recolheu o ICMS devido e que desde esse dia está sob a mira do Fisco. O que faz o proprietário jurar por todos os santos que nunca mais contrata nada com Roberto Rocha e José Sarney. E como nenhuma blusa foi vendida, o dono da malharia está em dúvida se envia a conta para o jornal “O Estado do Maranhão” ou para a “Rádio Capital”, o que dá na mesma, já que nem os funcionários eles costumam pagar.

    Mas alguma vitória eles tiveram. O Guinness Book está apenas no aguardo das imagens para inscrever esta como a menor passeata em toda a história política do mundo.
    ESSE ÚLTIMO PERÍODO FOI SIMPLESMENTE O MÁXIMO!!!

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