Um parecer da Procuradoria Geral da República (PGR) atinge em cheio a farra de contratações de advogados e escritórios de advocacia pelo Governo do Estado do Maranhão.
Em julgamento de um caso de Minas Gerais, a PGR disse que é inconstitucional indicar profissional que não das carreiras jurídicas do funcionalismo público para assessorar um estado.
A ação é da Anape (Associação Nacional dos Procuradores de Estado e DF) contra leis estaduais de Minas Gerais.
No Maranhão não há lei, mas várias contratações como essas ocorrem desde 2015. Uma delas foi na Caema, que contratou a Sá Vale Advogados por R$ 414 mil, sem licitação. O contrato chegou a ser questionado na Justiça (reveja).
Para a Anape, o texto da lei mineira permite que os cargos de chefia nos setores jurídicos nas procuradorias das autarquias e fundações públicas possam ser exercidos por agentes públicos que não pertencem à carreira.
A PGR concorda e argumenta que o termo “preferencialmente” é inconstitucional, “pois permite nomeação, por recrutamento amplo, de agentes estranhos aos quadros da procuradoria-geral do Estado, para exercício de funções constitucionalmente reservadas a essa categoria de agentes públicos”.
Já para o presidente nacional da Anape, Marcello Terto e Silva, “o princípio da unicidade foi consagrado em 1988 como forma de assegurar institucionalidade, racionalidade e uniformidade para os serviços jurídicos dos Estados e do Distrito Federal. Configura valor fundamental à promoção de segurança jurídica no âmbito da Administração Pública. O artigo 132 da Constituição Federal somente autoriza representação judicial, consultoria e assessoramento jurídico de estados-membros e do Distrito Federal, de suas autarquias e fundações de direito público por procuradores do estado e do Distrito Federal”.
Acontece que Flavio Dino por ser ex-juiz pensa que sabe tudo, acontece que de direito público ele já provou que não entende nada, e a sua equipe muito menos.
O […] foi a primeira coisa que fez foi contratar seu próprio escritório, é claro que tem um laranja por trás. O […], que era do Detran, o […] são advogados do escritório do[…]. Governo do Maranhão, “governo só deles”.