O governo Flávio Dino (PCdoB) emitiu hoje (21) uma nota para tentar explicar a exoneração de Danilo dos Santos Silva do cargo de secretário adjunto de Administração, Logística e Inovação Penitenciária, ligado à Seap.
Segundo o Executivo não houve vazamento de informação sobre a operação e foi o próprio ex-assessor quem pediu sua exoneração “por decisão pessoal”.
A saída dele ocorreu no dia 9 de março, apenas 12 dias antes de ele ser preso pela Polícia Federal (reveja), o que ocorreu nesta terça-feira, durante a Operação Turing.
Não há no ato de exoneração, contudo, a inscrição “a pedido”, normalmente incluída em atos desse tipo quando é o próprio servidor quem solicita sua saída.
Estrutura
De acordo com a PF, Danilo montou dentro da Seap uma estrutura para “interferir indevidamente em procedimentos licitatórios”, usando indevidamente, ainda, recursos do BNDES e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Além de adjunto, ele era também ordenador de despesa do Fundo Penitenciário Estadual (Funpen) e detinha o controle sobre contratos de pelos menos R$ 37 milhões.
Apesar de o juiz federal Magno Linhares haver considerado insuficientes as informações sobre os desvios, o governo diz que vai suspender o pagamento a todas as empresas citadas nas investigações e realizar uma auditoria nos contratos.