Na sessão desta quinta-feira (30), após votação do projeto que concedeu incentivo fiscal para atacadistas maranhenses com capital social de 100 milhões de reais, o líder do Bloco Independente, deputado Max Barros (PRP), fez ponderações a respeito de seu posicionamento e do posicionamento de todo o Bloco sobre a votação da matéria. De acordo com o deputado, o governou imprimiu contradição em suas ações ao aumentar o ICMS para toda a população do Estado e diminuir imposto para os empresários mais ricos.

Ao aumentar o ICMS da energia elétrica, gasolina e telefonia, o deputado Max Barros destacou que o Governo alegou que precisava colocar as finanças em dia para pagar funcionários e fazer investimentos. O parlamentar afirmou que foi contra o reajuste, pois em sua avaliação não havia necessidade de aumento de imposto. Mas, em sua opinião, a grande contradição se dá em diminuir impostos para empresas ricas, com capital social de 100 milhões de reais, enquanto o Estado penalizou a população com mais impostos.

Outro ponto apresentado pelo deputado diz respeito ao tratamento dado aos demais atacadistas. De acordo com Barros, empresários representantes da Associação Comercial do Maranhão que estiveram na Assembleia relataram que a medida apresentada pelo Governo beneficia apenas um grupo empresarial maranhense. Na opinião de Max Barros essa é uma ação discriminatória.

O parlamentar ressaltou que, de fato, as grandes empresas geram empregos, mas que os pequenos atacadistas geram mais ainda e questionou o motivo de o Estado não dar o mesmo tratamento para os pequenos atacadistas.

Max Barros afirmou que não necessariamente todo projeto oriundo do Executivo deva ser aprovado em sua integralidade e que o papel da Assembleia é o de ouvir a sociedade, ouvir o trabalhador, ouvir o empresário e aprimorar a proposição. Na opinião do deputado o governo deveria ter recuado e melhorado o Projeto e que esse não seria um gesto que diminuiria o Governo e sim seria um gesto de grandeza.

Ao final do discurso, o deputado Max Barros lamentou a postura do governo em não dialogar com todos os empresários e afirmou também que, em seu entender, o Projeto foi aprovado de maneira equivocada, favorecendo somente um grupo empresarial.