O deputado estadual Edilázio Júnior (PV) defendeu hoje (1º), na Assembleia Legislativa, a aprovação de um projeto de lei de sua autoria que regulamenta o aplicativo Uber para o transporte intermunicipal de passageiros.

Por ser uma ilha com quatro municípios, São Luís tem parceiros do aplicativo registrados em uma cidade, mas deixando e pegando passageiros em outra.

O projeto seria analisado pela Comissão de Constituição e Justiça nesta quinta-feira, mas foi retirado de pauta por um pedido de vista do deputado Cabo Campos (DEM).

Em entrevista ao Blog do Gilberto Léda e ao jornalista Jorge Aragão, Edilázio disse que não acredita em prejuízos aos taxistas a partir da liberação do Uber na Ilha. E destacou que o aplicativo já funciona, com sucesso, em várias partes do mundos.

“No mundo todo hoje funciona o Uber. Precisamos dar o arbítrio ao consumidor. Nós que já somos tão carentes com relação a transporte público, com os nosso coletivos, não temos metrô, trem de superfície, vamos dar uma mais uma opção para o consumidor buscar o Uber”, destaocu.

Segundo ele, a legalização do aplicativo “não vai acabar táxi”.

“Em nenhum lugar do mundo extinguiu a categoria de taxista por conta do Uber. Pelo contrário, ganha em qualidade, eles vão buscar novos incentivos para fidelizar seus passageiros. Hoje existe um grande apelo, por parte da população, e por parte desses pais de família que dirigem o Uber, pela regulamentação”, completou.

O parlamentar ainda denunciou a existência de uma “máfia das placas vermelhas”.

“Existe uma grande negociação, uma grande máfia, com relação a essas placas vermelhas. Não só em nossa capital, mas no país afora, vereadores que têm acesso ao prefeito e conseguem liberar placas para eleitores, para cabos eleitores. Nós sabemos o quanto custa, o quento é cara uma vaga de um táxi em um aeroporto, em uma rodoviária. Isso [a regulamentação do Uber] vai minimizar essas máfias que existem e os bons taxistas, aqueles cidadãos de bem, continuarão tendo seus clientes, assim também como o Uber”, finalizou.