PF mira instituto que faturou quase R$ 200 milhões da Saúde no governo Dino

Desvios no Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC) superam R$ 18 milhões; parte do dinheiro foi apreendida na sede do PSDC de São Luís

A Polícia Federal (PF) deflagrou na tarde de hoje (2) a 4ª fase da Operação Sermão aos Peixes,l denominada Operação Rêmora, para apurar os indícios de desvios de recursos públicos federais destinados ao sistema de saúde do Estado do Maranhão, geridos pelo Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC), organização social sem fins lucrativos.

Estão sendo cumpridos 19 mandados judiciais, que foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Maranhão, sendo: 4 mandados de prisão preventiva, 1 mandado de prisão temporária, 9 mandados de busca e apreensão.

Além disso, foi determinado o bloqueio judicial e sequestro de bens num total que supera a cifra de R$ 12 milhões.

Saques

Durante as investigações da Operação Sermão aos Peixes, foram coletados, segundo a PF, indícios de que recursos públicos destinados ao sistema de saúde estadual, geridos pelo IDAC, estariam sendo desviados por meio de saques em espécie, que estariam sendo realizados por um funcionário da organização social diretamente das contas do Instituto.

Após firmar contratos de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Maranhão, o IDAC passou a receber centenas de milhões de reais dos cofres públicos, os quais deveriam ser empregados, com exclusividade, na administração de diversas unidades hospitalares estaduais, tais como: Hospital Regional de Carutapera, Hospital Geral de Barreirinhas, Hospital Aquiles Lisboa, Hospital de Paulino Neves, AME Barra do Corda, AME Imperatriz e, recentemente, passou a administrar também a Unidade de Pronto Atendimento do município de Chapadinha/MA.

No total, segundo apurou o Blog do Gilberto Léda, desde 2015 a terceirizada já recebeu quase R$ 200 milhões do Governo Flávio Dino (PCdoB), sempre em recursos do Fundo Estadual de Saúde (FES). Na gestão passada os repasses ultrapassaram R$ 100 milhões.

A CGU investiga ainda os indícios de que alguns contratos firmados pelo IDAC com a Secretaria Estadual de Saúde foram aditados com a finalidade de permitir o saque dos valores acrescidos ao contrato de gestão.

Parte da trama delitiva foi percebida pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão especializado na prevenção à lavagem de dinheiro, que detectou que um funcionário do IDAC estaria realizando constantemente saques de grandes quantias em espécie.

O funcionário chegou a realizar dezenas de saques no valor de R$ 200 mil e saía da agência levando os valores em dinheiro vivo.

A partir da deflagração da Operação Sermão aos Peixes, em novembro de 2015, os investigados passaram a fragmentar os saques na tentativa de enganar o COAF, conduta que, no entanto, foi percebida pela PF.

Com o avanço da pesquisa investigativa, verificou-se que os investigados continuavam em plena atividade delituosa e que os saques de grande quantia de dinheiro em espécie tinham a finalidade de dificultar o rastreamento dos recursos públicos supostamente desviados. A investigação ingressava então em sua fase mais difícil: o rastreamento de valores em espécie.

O monitoramento e ação controlada realizada pela Polícia Federal durou cerca de 70 dias, oportunidade em que foi possível reunir indícios de que parte dos valores sacados pelo funcionário eram entregues ao Presidente do IDAC e seus diretores.

Além disso, foram identificados fortes indícios de distribuição de valores a agentes políticos, que serviam como padrinhos da Organização Social e auxiliavam o IDAC na obtenção de contratos públicos.

Na presente investigação, a ação controlada autorizada judicialmente permitiu que a PF aguardasse o melhor momento para intervir na prática delituosa e, nesta tarde, após acompanhar mais um dos saques realizados pelo funcionário investigado, policiais federais flagraram a entrega dos valores aos gestores do IDAC, oportunidade em que a operação foi deflagrada, a fim de permitir a apreensão dos recursos e o cumprimento dos mandados judiciais, com a consequente prisão dos investigados.

O montante dos recursos públicos federais desviados por meio dos saques realizados em espécie ainda está sendo contabilizado, mas até o presente momento a cifra já supera a quantia de R$ 18 MILHÕES.

Tratam-se de recursos públicos que deveriam ser empregados em prol da parcela mais carente da população maranhense, que depende exclusivamente do sistema de saúde público.

(Com informações da PF)

3 pensou em “PF mira instituto que faturou quase R$ 200 milhões da Saúde no governo Dino

  1. Sr Celso, ta levando quanto para defender este governo de “comunistas fingidos”, agora andam com carros de luxo, mansões, roupas de marcar e contas bancárias recheadas do dinheiro de corrupção, que nada mais fazem além de criar e beneficiar empresas com contratos de terceirização em todas as áreas, o mínimo que deveria fazer é fiscalizar, mas claro que este governo de comunistas de merda, fingidos, estar envolvido até o pescoço.

    PF neles !!! de olho em todas as outras áreas como segurança e infraestrutura, os comunistas “novatos” estão enriquecendo do dia para noite. bando de analfabetos, ladrões sem qualquer qualificação técnica para administrar qualquer coisa.

  2. O governo mais corrupto da história do Maranhão. Fecharam empresas e beneficiaram pilantras.

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