O tenente-coronel da Polícia Militar Ciro Nunes, que foi preso em flagrante ontem (21) depois de discutir com o procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia (reveja), diz que foi humilhado pelo auxiliar do governador Flávio Dino (PCdoB) antes de reagir.
Num texto disparado aos colegas de farda ainda antes da sua prisão, o oficial diz que em momento algum tratou do seu processo contra o Estado para ser promovido a coronel e que quem tocou no assunto foi Maia, logo na sua chegada ao TJ.
“Quando chegou o Dr Rodrigo Maia que cumprimentou o Dr Bonfim e ao sair rumo ao TJ e ao passar por mim deu dois ou três tapas em meu ombro e querendo me intimidar disse: ‘está se divertindo com os processos Coronel?'(sic)”, relatou ele.
Nunes admite que, então, esperou o retorno do procurador para tomar satisfação. E confirma que o chamou de “moleque”.
“Fiquei estarrecido e humilhado com o deboche e intimidação da referida pessoa, momento que em seguida o Dr Bonfim se retirou. Resolvi falar com o dito Procurador e quando o mesmo saiu eu pedi para falar com ele em particular e este se recusou. Daí eu me referi ao mesmo que me respeitasse, que não tocasse mais a mão em mim, que se eu abracei uma profissão que não por não temer a bandido não iria temer a ele e o que ele fez comigo na entrada foi coisa de moleque e o chamei de moleque (sic)”, completou.
Leia abaixo a íntegra da versão do tenente-coronel.
Senhores e Senhoras Oficiais.
Na oportunidade gostaria de me manifestar que os fatos se deram da seguinte forma. Pela manhã fui tratar de assuntos da coordenação com o Excelentíssimo Presidente do TJ. Após tratar do assunto a minha saída do gabinete do mesmo coincidiu a do Dr Sebastião Bonfim que saímos tratando dos assuntos do PPCG e ficamos concluindo na frente do TJ quando chegou o Dr Rodrigo Maia que cumprimentou o Dr Bonfim e ao sair rumo ao TJ e ao passar por mim deu dois ou três tapas em meu ombro e querendo me intimidar disse: “está se divertindo com os processos Coronel?”. Fiquei estarrecido e humilhado com o deboche e intimidação da referida pessoa, momento que em seguida o Dr Bonfim se retirou. Resolvi falar com o dito Procurador e quando o mesmo saiu eu pedi para falar com ele em particular e este se recusou. Daí eu me referi ao mesmo que me respeitasse, que não tocasse mais a mão em mim, que se eu abracei uma profissão que não por não temer a bandido não iria temer a ele e o que ele fez comigo na entrada foi coisa de moleque e o chamei de moleque. Bem senhores e senhoras, me foi imputado ardilosamente o Art. 344 c/c 140 parágrafo segundo do CPB quando na verdade quem cometeu foi o Procurador, ou seja, a situação verdadeira é o espelho do que estão me imputando. Pois em nenhum momento eu me citei ou fiz referência a processo, mas quem o fez foi o tal Procurador. Os fatos foram estes. Conforme constam no autos APF. Quanto as demais questões, adianto-vos que nos autos irei provar e tomar todas as providencias necessárias e cabíveis. Ressalto o comportamento probo, moral e ético do Sr Cel Sá e Sr Cel Simplício que em nenhum momento faltaram com a verdade e/ou desrespeito a direito. Fiquem tranquilos que agirei como terei que agir dentro da lei. Tenham a certeza que jamais permitirei humilharem o nosso sagrado uniforme.
Doravante desligarei meu aparelho celular em virtude de meu recolhimento em respeito às nossas regras.
A justiça será feita!!!
Com honra e humildade!!!
Ten Cel Ciro.
Fico besta quando vem um coronel falar que somente porque o cara bateu no ombro dele e perguntou se estava se divertindo com os processos ele se sentiu humilhado, de boa, quantas vezes olho policiais batendo na cara de pessoas q em muitas vezes não tem nada a ver com bandido, com dedos na cara do cara querendo intimidar, tantas outras coisas e vem um coronel falar q do porque o cara toca no ombro dele ele se sentiu humilhado , to falando mesmo, e ainda faz uma carta para a tropa querendo solidariedade .
Cara vc conhece esse Procurador ,? Ele é saliente mesmo deveria levar umas boas biscas
Duvido se ele fez alguma carta para a tropa quando foi promovido convidando-os para um churrasco .
O procurador geral do estado, senhor Rodrigo Maia, é a pessoa mais arrogante e prepotente do Governo do Estado, é típico dele tomar essa atitude.
Atitudes como esta mostram o quanto sem moral encontram-se hoje os Oficiais da PMMA, oprimidos por um governo perseguidor e virulento que persegue a quem não lê em suas cartilhas. Não devemos perder de vista o fato de o próprio Comandante Geral, Coronel Pereira e seu Subcomandante Coronel Luongo agirem nos bastidores da PMMA para amedontrar os Oficiais. Para quem não sabe, hoje na Polícia Militar adotou-se no Comando desses dois uma política de expurgos e perseguições áqueles que não se rendem á arbitrariedade e ao abuso. Coronel Pereira e Coronel Luongo, os Senhores são os maiores culpados dessa degradação que hoje passa o Oficialato da PMMA. O que acabamos de vê nesse caso é um Oficial que ostenta a penúltima patente da carreira do Oficialato sendo preso por simplesmente ter respondido á provocação de um playboy que se acha o bambambam. Oficiais se moralizem e mostrem a força que tem a farda da gloriosa briosa. Acordem…
Agora pronto, até a farda da PM é Sagrada!!! Rapá! Tem cada imbecil pra falar merda!!! Pra lá!!!!
A PMMA ATUALMENTE TEM DOIS […]; O COMANDANTE GERAL (PEREIRA) E O SUB COMANDANTE GERAL (LUONGO).
QUALQUER UM LITERALMENTE METE A MÃO NA PM.
O Procurador Rodrigo Maia é realmente um sujeito arrogante, sarcástico e dado a ironias, certamente deve ter agido assim com o oficial da PM. Esses procuradores são a classe mais privilegiada no funcionalismo estadual, todos ganham seus 25 a 30 mil reais, para trabalhar 6 horas por dia, sendo que podem advogar, resultado, o emprego de procurador é um bico, eles até fazem propaganda de seus escritórios de advocacia.
O comando do coronel pereira(minusculo, pq assim ele fez),equiparou a PM a sujeira dos cascos do jumento que puxa carroça. Isso sim, faça uma pesquisa(enquete) em seu blog.
Nunca a Pm e seus oficiais estiveram tão rebaixados, e o resultado disso é o crime tomando conta da cidade.
Bem feito para os oficiais que viviam reclamando e queriam mudança. Mudança para a desvalorização dos oficiais e da PM, a começar quando nomeou um comandante ANALFABETO, que tem como lema profissional o de: “QUEM NÃO PUXA SACO PUXA CARROÇA”. Muitos já o viram dizer isso nos corredores do quartel.
Fez com que a figura não desejada do Governador, servisse de chacota entre os policiais.
Deixou que um sindicalista que nunca trabalhou na segurança pública pintasse e bordasse na PM.
Sem contar com os escândalos de corrupção de seus apadrinhados e ate seus mesmo destruindo tudo.
O GOVERNADOR ESTÁ CEGO E SURDO A TUDO QUE FALAM A RESPEITO DO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA E DO CORONEL PEREIRA.
OCORRE QUE O DESESPERO DE SE ELEGER É GRANDE CASO CONTRÁRIO VÃO TERMINAR […[ OS DOIS PELOS ATOS […] QUE TOMAM CONTA DOS QUARTEIS E DA SECRETARIA.
DEPOIS NÃO DIGA QUE NÃO AVISEI.
Esse Rodrigo Lago não tem competência para esse cargo que hoje ocupa.
Maia
Essa conversa de “me deu dois ou três tapinhas nas costas” é conversa para boi dormir. Falou para a tropa. O que ocorreu foi que ele não gostou do Estado recorrer no processo dele. Ele é doido, nunca ouviu falar em duplo grau de jurisdição? Está preso para largar a mão de ser saliente, isso sim!
Ao TC Ciro foi imputada a conduta descrita no art. 344 do CP.
Art. 344 – Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Chamar de moleque não é ameaçar, sem contar que tem outro FATO INTERESSANTE, em seu depoimento o Procurador Rodrigo Maia afirmou que NÃO LITIGA no processo do TC Ciro, dizendo ainda que o responsável pelo mesmo é o PROCURADOR OSMAR, ora, se ele não atua, então conclui-se que a conduta atribuída ao TC Ciro com base no art. 344 não existiu, não encontra legalidade, ou seja, atribuíram ao mesmo a suposta prática de crime inexistente, e isso por si só justifica a imediata soltura do TC Ciro mediante HC.
Ademais, para que se configure o crime de coação no curso do processo, necessário que o agente, com o fito de favorecer a si ou a terceiro em processo judicial, policial, administrativo ou juízo arbitral, empregue o uso de violência – no caso, compreendida como a violência física – ou de grave ameaça, atentando contra o Estado, bem como contra os demais sujeitos passivos elencados no tipo. A “grave ameaça” a que se refere o art. 344 , do CP caracteriza-se pela violência moral grave capaz de atemorizar a vítima, frente à promessa de causação de um mal possível, verossímil e considerável. Hipótese em que o termo Moleque lançado não se mostra grave o suficiente a ponto de incutir justificável receio à vítima. De outra parte, o tipo em questão exige a especial finalidade de favorecer interesse próprio ou alheio, intenção não demonstrada pelo agente na espécie ,porquanto a suposta ameaça não visou obstar o curso do processo, pois o interesse do TC Ciro é GARANTIR o Direito pleiteado pelo mesmo, não interromper o curso do processo.
Quanto a tipificação de injúria descrita no art. 140, também atribuída ao TC Ciro, deve ser apurada em sede de Inquérito Policial Militar, pois segundo consta, o citado Oficial PM estava no TJMA em ato de serviço, estando a conduta de injúria também prevista no Código Penal Militar, portanto, nessa situação o APF é NULO, tendo ocorrido um Flagrante Abuso de Autoridade.