O agente da Polícia Federal José de Ribamar Costa Lima, lotado na delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, é investigado por suposta participação no esquema que fraudou inicialmente R$ 18 milhões que deveriam ser aplicados na melhoria da saúde dos maranhenses. De acordo com os investigadores, já está comprovada a proximidade entre o agente da PF e o gerente de Recursos Humanos do Instituto Cidadania e Natureza (ICN), Marcus Eduardo Alves Batista.
Segundo a PF, era no computador de Marcus em que ficavam armazenadas as planilhas de pagamentos complementares na pasta estadual, constituindo prova de materialidade do esquema para os investigadores. Conforme comprovado nos autos da investigação, o funcionário do ICN se aproximou do agente da PF para “obtenção de informações” acerca da Operação Sermão dos Peixes, que iniciou as apurações de irregularidades na gestão da saúde no estado. A partir daí, a PF verificou ainda a “suposta participação” do servidor da polícia na “destruição e ocultação de provas”, o que causaria problemas na apuração.
A PF ainda não informou se o servidor do órgão foi afastado. Já o funcionário do ICN teve a prisão temporária decretada. Ele e outras 16 pessoas foram presos durante a Operação Pegadores.
Observação: A verificação por parte da PF de envolvimento de servidores da própria instituição demonstra somente a isonomia das apurações, ao contrário do que os aliados de Dino defendem, de que o trabalho “teria sido articulado” nos bastidores por José Sarney.