Sanção moral

Da coluna Estado Maior

Quem resolveu ler as 65 promessas de campanha do governador Flávio Dino (PCdoB) registradas no TRE, em 2014 – e os dados estão disponíveis ao público por meio do aplicativo DivulgaCand – percebe logo de cara que o comunista decidiu gerar provas contra si mesmo.

Ao revelar, com destaque em vermelho, que foi o relator da lei que obrigou o registro dos planos de governo na Justiça Eleitoral, Dino assinou uma espécie de autosentença de morte moral.

No enunciado de seu Plano de Governo, o comunista faz questão de declarar-se orgulhoso pela relatoria da lei por ser ela “um instrumento de aprimoramento da gestão pública”. É difícil imaginar que Flávio Dino pudesse imaginar ser pego em suas próprias redes apenas três anos depois de assumir o governo.

Ao fazer coro a um levantamento do portal G1, que mostrou ter ele conseguido cumprir apenas 22 das 65 promessas registradas – e ainda por cima ter tentado faturar com isso, manipulando a informação -, o comunista mostrou que o seu “instrumento de aprimoramento da gestão” não serviu para si próprio.

Felizmente, para Flávio Dino, a lei que ele relatou não prevê sanções legais a quem descumprir as promessas do plano de governo. Mas, como analisam juristas e interpretadores das leis, o registro do plano, com seu eventual descumprimento, é uma espécie “sanção moral”.

E para quem se põe acima do bem e do mal, se vende como o melhor e mais preparado dos mortais, como Flávio Dino, essa sanção moral deve doer na alma.

3 pensou em “Sanção moral

  1. Te contenta com o trabalho do cara, ninguém tem culpa da tua candidata não ter feito nada pelo MA.
    Aceita que dói menos e vai reclamar pro site G1, globo o mesmo do grupo mirante que foi eles que fizeram a pesquisa.
    Kkkkkkkkk te conforma que vão entrar na taca de Novo.

Os comentários estão fechados.