Imaginar que a política no Brasil, assim como diversas parte do planeta, segue o caminho da lógica é apostar todas as fichas no imponderável. Contudo, não se pode negar que a política verde-loura é marcada por traições, que como tal são inexplicáveis.
Quando o assunto é traição, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não deixa dúvidas acerca da sua especialidade no assunto. Quem milita no campo político sabe que seus atores têm memória curta e na maioria das vezes de conveniência. A depender da situação, não se lembram de acordos selados, ignoram favores pedidos quase de joelhos.
No apagar das luzes da janela partidária, que terminou na última sexta-feira (6), o deputado federal Waldir Maranhão manteve até os últimos instantes a esperança de filiar-se ao PT, partido pelo qual pretendia concorrer ao Senado Federal. Correndo contra o relógio, Waldir viu seu outrora aliado apunhalá-lo de forma vil e covarde. Flávio Dino, um comunista convicto, acionou a ala mais radical do PT para impedir a filiação de Maranhão.
Em jogo não está a discussão sobre essa ou aquela ideologia, mas a vilania exercida por Flávio Dino, que em tempos de pequenez política recorria insistentemente a Waldir Maranhão para levar adiante seus projetos políticos.
Em 2010, meses antes das eleições daquele ano, Dino, em rápida reunião no lobby de um hotel da capital paulista, implorou a Waldir apoio para derrotar o clã na Sarney na corrida ao Palácio dos Leões, sede do Executivo maranhense. Flávio pode até negar os fatos, mas há testemunha que presenciou o encontro e assistiu à decisão de Waldir Maranhão de apoiar o comunista contra Roseana Sarney. Por pouco Dino não destronou o “sarneysismo”.
Como se fosse o tetrarca da esquerda maranhense, Flávio Dino faz do seu governo uma pilhéria ao deixar-se representar por prepostos que são verdadeira ode ao absurdo político. No momento em que surge a oportunidade de ter um aliado no Senado, que defenderia os interesses do estado mais miserável da federação, Dino prefere dar vazão à sua existência doentia como político, vetando o embarque de Waldir Maranhão no PT estadual.
Corria o ano de 2016 quando Flávio Dino atuou rapidamente nos bastidores para mandar pelos ares a sessão da Câmara dos Deputados que sacramentou o impeachment da petista Dilma Rousseff. Para conseguir tal feito, Dino contou com Waldir Maranhão, que na ocasião respondia pela presidência da Câmara.
Na política, proezas desse naipe exigem contrapartidas. E Waldir teve a promessa de que Dino o apoiaria em seu projeto político de chegar ao Senado. O tempo passou e o governador maranhense mostrou sua verdadeira face, como se fosse a versão tropical e esquerdista de Caim, o traidor.
Oportunista de primeira hora, Dino não esconde ser adepto confesso de casuísmos. Aliás, chegou a defender um terceiro mandato para o agora condenado e preso Luiz Inácio da Silva. Nada incomum, pois Dino integrou a ala mais radical do PT entre 1987 e 1994. O que explica sua rasteira ingerência para vetar a filiação de Waldir ao partido.
Mas Flávio Dino não esteve só nessa transumância de promessas. O governado do Maranhão teve como parceiro de traição o “companheiro” José Eduardo Martins Cardozo, petista de quatro costados e ex-ministro da Justiça no governo Dilma.
Cardozo, que em 6 de maio de 2016 reuniu-se com então presidente interino da Câmara dos Deputados, em Brasília, para acertar os detalhes da decisão que anularia as sessões relativas ao impeachment, não moveu uma só palha em favor de Waldir Maranhão. Mais uma vez mostrou quem de fato é.
Esquerdistas de todos os matizes continuam reverberando a cantilena do golpe para condenar o que chamam de ação rasteira do que há de mais retrógrado na política nacional. Porém, esses mesmos profetas da esquerda não hesitam em golpear adversários leais. Agem como se estivessem na arena do Coliseu romano, atirando aos vorazes leões aqueles que um dia estenderam a mão.
Fadado a, em breve, tornar-se um trôpego, Flávio Dino continua sua cruzada insana em termos ideológicos, pois defende visceralmente Lula ao mesmo tempo em que arreganha-se a Ciro Gomes, uma carpideira de plantão da esquerda nacional, sempre pronto a devorar o primeiro cadáver político que surgir em cena. Apenas porque Dino “come na mão” do deputado federal Weverton Rocha, do PDT, partido de Ciro Gomes.
Há quem garanta que Flávio Dino cultiva ego doentio, mas quem o conhece a miúde sabe que trata-se de um pusilânime recorrente que usa o próximo como trampolim de suas ambições políticas.
Sai!
O cara detonou o governador. Fez uma análise psicológica e política do moço.
Eu já corroborava com essa corrente, agora ratifico endosso o pensamento acima!
Dino parecer o personagem Bobby, do desenho animado “o fantastico mundo de bobby” onde viaja na própria imaginação que acredita ser a mais perfeita do mundo.
Não é a toa que tem o apelido professor de Deus, com d maiúsculo mesmo!