Espionagem: Partidos aditarão pedido de intervenção na Segurança do MA

De O Estado

O depoimento do tenente Juarez Martins Coelho, que aponta a existência de um coordenador das eleições dentro da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), será incluído no pedido de intervenção federal na Segurança do estado feito, na semana passada, por 10 partidos políticos para a Procuradoria Geral da República (PGR). No depoimento, o oficial revela que o coronel Heron Santos é quem cobrava dados de políticos adversários do governo de Flávio Dino (PCdoB).

Na terça-feira, 24, o MDB, PSDB, PSD, PV, PHS, PMB, PODEMOS, PRTB, PSDC e PSC entraram na PGR com pedido de intervenção federal no Maranhão. O motivo é o memorando 98/2018 que circulou na PM que determinava o fichamento de opositores do governo local e também do governo estadual que poderiam “causar embaraços” nas eleições deste ano.

Após este pedido, a TV Mirante revelou que na sindicância aperta na PM para apurar de quem foi a ordem para espionar os adversários de Flávio Dino, o tenente Juarez Martins Coelho falou que as cobranças eram feitas pela major Ana Paula, que dizia ser uma determinação do coordenador das eleições. Este seria o coronel Heron Santos, que foi filiado ao PCdoB, sigla que ele disputou as eleições de 2014 como candidato a deputado estadual.

O depoimento do oficial agora será incluído no pedido de intervenção. Além disto, também será aditado no pedido original informações sobre as nomeações de capelães na PM. De acordo com os partidos, o aparelhamento é um fato consumado e a prova é o uso político de nomeações de capelães na corporação.

Também consta do aditamento, a situação na Assembleia Legislativa. Para as siglas, o Poder Legisaltivo foi cooptado e não tem como agir no caso da detemrinação de espionar advbersários do governador Flávio Dino.

Versões

Após a revelação do nome do coronel Heron Santos como o oficial que determinou o fichamento de adversário do governo comunista, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) não voltou a se manifestar sobre o caso.

A última versão dada pelo órgão foi de que a sindicância foi aberta para apurar a emissão da circular considerada ilegal pela SSP.

Antes, o titular da pasta, Jefferson Portela, assim como o próprio governador Flávio Dino culparam o tenente coronel Emerson Farias pelo ato. Em mais uma versão, os comunistas firmavam se tratar de um ato isolado do oficial.

No entanto, novos documentos oficiais da PM, que incluiu um memorando assinado pelo coronel Zózimo Paulino da Silva Neto, comandante do Policiamento do Interior, que fala em coordenador das eleições 2018 da corporação.

Devido a estes novos documentos, o governo acabou mudando a versão de ato isolado considerando apenas um ato ilegal e que será apurado e os culpados condenados.

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