O Instituto Gerir, que tinha contrato com o Governo do Maranhão para a administração de três hospitais – o Carlos Macieira, dentre eles -, emitiu hoje (24) uma nota oficial contestando a versão do Executivo para o rompimento da contratação.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o contrato foi suspenso porque a terceirizada teria se recusado a aderir a um plano de melhoria de prestação de contas.
O instituto nega.
Segundo o Gerir, o que houve foi um calote de R$ 63 milhões por parte do governo, que rompeu a relação contratual após sucessivas cobranças da organização.
Abaixo a íntegra do comunicado da empresa.
Sobre a suspensão dos contratos de administração do Hospital Carlos Macieira, do Hospital de Trauma e Ortopedia e do Hospital Macrorregional Dra. Ruth Noleto, feitas abritrariamente pela Secretaria de Estado de Saúde do Maranhão, o Instituto Gerir esclarece que:
- A Secretária da Saúde mente e tenta tapar o sol com a peneira ao transferir suas responsabilidades. Os principais prejudicados por isso são, como sempre, os cidadãos maranhenses;
- A Secretaria da Saúde descumpriu o contrato ao não pagar o Instituto Gerir. O calote é de R$ 63 milhões. Os valores são referentes às dívidas com o Instituto Gerir na administração dos 3 hospitais;
- A Secretaria da Saúde foi notificada por diversas vezes para pagar essa dívida. Esses documentos seguem no anexo. Nunca pagou e, por fim, para fugir do pagamento, decidiu suspender o contrato;
- O calote de R$ 63 milhões será cobrado judicialmente;
- Toda a prestação de contas da administração dos hospitais era feita periodicamente. Jamais houve qualquer tipo de notificação oficial que demonstrasse o contrário. Jamais foi feita qualquer comunicação por parte da secretaria cobrando outro tipo de esclarecimento além dos previstos contratualmente e que eram prestados pelo Gerir;
- O calote implicou também nos atrasos ao pagamento de prestadores de serviço e fornecedores dos hospitais administrados pelo Gerir;
- A suspensão do contrato, portanto, se deu de maneira arbitrária com a única finalidade fugir do pagamento da dívida;
- Como tem sido noticiado pela imprensa maranhense, em toda a saúde do Estado faltam remédios, leitos e servidores. Esse tipo de caso, infelizmente, tem se tornado cada vez mais constante – e nenhuma dessas denúncias partiu do Instituto Gerir;
- O calote e a suspensão ilegal do contrato com o Gerir não são as únicas decisões abritrárias tomadas pelo atual secretário de Saúde, Carlos Lula. O mesmo secretário acaba de escolher outras Organizações Sociais para assumir a gestão dos hospitais sem licitação ou qualquer tipo de concorrência, como manda a lei.
- Essas medidas, todas flagrantemente ilegais, estão sendo questionadas judicialmente;
- Por fim, lamentamos que a gestão da Saúde do Maranhão ainda esteja sob responsabilidade de uma pessoa investigada pela Polícia Federal por suspeitas gravíssimas, como é de conhecimento público.
Já é de praxe. Governo caloteiro!!!
Rapaz esse instituto gerir já tá manjado em São Paulo, Minas, Goiânia por onde eles passam perdem contratos por crimes, falta de responsabilidade com os funcionários, atrasos de pagamentos e etc…
Já foram escorraçados de vários estados
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