Após uma série de protestos (reveja) – e depois de uma empresa de ônibus cancelar viagens por conta da precariedade da estrada (relembre) -, o Governo do Estado decidiu recuperar a MA-006 entre Grajaú e Formosa da Serra Negra.

O serviço, apenas uma “maquiagem”, andou longe de resolver os problemas de quem trafega pela rodovia diariamente.

Agora, em 2018, a situação segue igual, ou pior. E os motoristas que rodam por lá já temem como pode ficar quando começar o período chuvoso na região.

Abaixo, o desabafo de um morador da cidade, e eleitor do governador Flávio Dino (PCdoB).

Meu governador #flaviodino , já em 2014 Formosa da Serra Negra votou em maioria em vc, entre outras coisas, acreditando naquela sua promessa feita ali na tal “esquina da sarica”, no centro de Formosa, onde vc falou que se eleito fosse o trecho da MA 006 que “corta” nosso município seria O PRIMEIRO a ser feito, pois não faltava dinheiro, faltava boa vontade.

Depois de eleito, você mudou o discurso e passou a dizer que realmente faltava recurso. Sao pouco mais de 100 km, mas em quatro ano você construiu e reformou muito e muito mais que isso. Eu ando o Maranhão inteiro e reconheço que a região das piores estradas é a nossa. 2014/2018 se passou e nada de nossa estrada. Em 2018 novamente renovamos nosso crédito em você. Formosa fez bonito, mas na região você perdeu. Fortaleza votou em maioria na Roseana Sarney, apesar dos milhões que você investiu lá, o mesmo aconteceu em São Pedro dos Crentes, Nova Colinas, etc. Mas nós votamos em maioria em você, mesmo “comendo” poeira, como mostram as fotos.

Aqui, para todos os lados a situação é essa aí, poeira, lama, buracos, em nossa MA 006. Por essa região circula boa parte da produção agrícola do sul do Maranhão. Portanto nobre Governador, não nos decepcione. Eu sei que muitas e muitas estradas foram recuperadas e construídas em detrimento da nossa. Pq sofrendo tanto ainda lhe confiamos a maioria de votos? Pq todos estavam unidos em sua campanha? Não! Já em 2014 o grupo que hoje faz parte da oposição municipal votou em Edinho Lobão, enquanto nós, da situação, juntamente c o PCdoB, votamos em você. Em 2018 nosso grupo novamente acreditou em você, em seus candidatos a senadores, enquanto a oposição, em sua totalidade, votou em Roseana, Lobão e Sarney Filho.

No entanto, isso faz parte da democracia e não deve ser por isso que devemos ser condenados a passar mais quatro anos na poeira. Acreditamos em Você e queremos que cumpra a promessa a nós feita em 2014. Faça, construa, reforme a nossa MA 006 entre Grajaú e Fortaleza e nos tire da poeira e da lama! Ass: José Joaquim (cidadão Formoserranegrense, seu eleitor, mas indignado com o descaso dispensado pelo governo do estado aos cidadãos de nossa região)

Sinfra manifesta-se

Abaixo, nota oficial da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) sobre o caso:

A Secretaria de Estado da Infraestrutura informa que está em fase adiantada a aprovação de financiamento pela CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina e o NBD – Novo Banco de Desenvolvimento, para a reconstrução da MA-006. Paralelo ao trabalho de obtenção do financiamento para a reconstrução da rodovia, o governo mantém os serviços de recuperação emergencial para garantir o tráfego e o escoamento da produção agrícola na região sul do Estado. A Secretaria de Estado da Infraestrutura informa – ainda -que entregou neste ano o trecho de 42 km da MA-006 entre o município de Pedro do Rosário ao povoado Cocalinho, no entroncamento da BR-316, e deve concluir até o fim de 2018 a restauração do trecho de 125 km entre os municípios de Grajaú e Arame.

O governo reforça que concluiu os 65 km da MA-140, entre o entroncamento da BR-230, em Balsas, ao entroncamento da MA-007, parte integrante do Anel da Soja, que facilita o acesso a MA-006 para o escoamento da produção agrícola. Os outros dois trechos do Anel da Soja na MA-007 devem ser retomados ainda este ano, melhorando as condições da logística para o transporte na região.

O governo do Maranhão reitera que a MA-006, construída no início da década de 80, para interligar o Norte ao Sul do Estado, com 1225 km de extensão, com a falta de conservação e a transformação da Região Sul do Estado em uma fronteira agrícola para os estados do Maranhão, Pará e Tocantins, teve o prazo de durabilidade da estrada antecipado, isso por que foi dimensionada, à época, apenas para uma carga vinte vezes menor que a suportável nos dias de hoje e, durante décadas, não houve a devida atenção com a manutenção e conservação, o que gerou a necessidade de reconstrução do referido trecho rodoviário.