De O Estado
A bancada maranhense no Congresso Nacional divergiu sobre o Decreto 9.658/2019 assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), na semana passada, e que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição no Brasil.
Com o decreto, que já está em vigor, cada cidadão brasileiro que atender aos pré-requisitos estabelecidos na regulamentação, poderá solicitar a posse de até quatro armas de fogo – limite que pode ser ultrapassado em casos específicos -, com validade de 10 anos.
Deputados federais e senadores consultados por O Estado apresentaram diferentes argumentos na defesa ou na contestação da medida presidencial. Dentre os parlamentares favoráveis à medida, estão os deputados federais Edilázio Júnior (PSD), Hildo Rocha (MDB) e Aluisio Mendes (Podemos). Já dentre os contrários, estão os deputados federais Rubens Júnior (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB), Márcio Jerry (PCdoB) e Eliziane Gama (PPS). Outros parlamentares que pertencem à bancada maranhense foram procurados para se posicionar sobre o tema, mas não se manifestaram.
Edilázio Júnior explicou ser favorável ao decreto, que segundo ele somente poderá ser concedido ao cidadão de bem, que quer proteger a sua família e o seu patrimônio. “Sou favorável a posse de armas, tendo em vista que o decreto assinado pelo presidente continua mantendo os mesmos pré-requisitos que já existiam, como os testes psicotécnicos, curso de tiros e as certidões para os antecedentes criminais. Vale observar que nós estamos falando é de posse e não de porte, estamos falando daquele cidadão que acha prudente ter uma arma em casa para proteger o seu patrimônio e a sua família, o seu lar”, disse.
Para Hildo Rocha, a medida atende a uma demanda de parte da sociedade brasileira que deseja se armar de maneira mais fácil e legal. “Antigamente o cidadão podia adquirir de maneira muito fácil uma arma de fogo, para manter em sua propriedade, e com ela se defender dos marginais. Naquela época não tínhamos essa quantidade de assassinatos que temos hoje que beiram os 30 homicídios/100 mil habitantes. No ano anterior ao endurecimento das regras para se ter a posse de armas, em residências e comércios, nós tínhamos 16 homicídios/100 mil habitantes. A limitação, como pode ser comprovado pelos números, só fez aumentar a violência, pois os bandidos estão armados e o cidadão de bem desarmados. Por isso sou plenamente favorável às mudanças feitas pelo presidente Bolsonaro”, completou.
Aluisio Mendes também se manifestou favorável à proposta. “Sou a favor da autorização da posse de arma ao cidadão de bem, que não responda a processo e demonstre habilidade e qualificação psicológica para ter arma. Mas não concordo com a possibilidade de flexibilização do porte, sendo necessário para isso uma avaliação mais criteriosa e restritiva”, finalizou.
Contrários
Já Rubens Júnior, Bira do Pindaré e Márcio Jerry criticaram a medida. Para o primeiro, o caminho escolhido pelo presidente da República foi equivocado. “A liberação de quatro armas é um exagero, e prefiro o caminho escolhido pelo governador Flávio Dino, que ao invés de liberar armas para ‘todo mundo’, a prioridade é desarmar os bandidos. Desde 2016, policiais civis e militares do Estado do Maranhão são premiados por apreensão de armas de fogo”, disse.
Bira do Pindaré afirmou que a medida não resolverá o problema do aumento da violência no país. “Facilitar a posse de armas não resolve o problema da violência e da criminalidade no Brasil. Pelo contrário, incentiva o uso de armas e isso só leva a mais violência. O povo não precisa disso. O povo precisa é de educação pública, gratuita e de qualidade, do fortalecimento do Sistema Único de Saúde, de mais emprego e renda, de saneamento básico. As causas da violência e da criminalidade no Brasil estão ligadas as desigualdades sociais, ao tráfico de drogas e outras questões que precisam ser enfrentadas e tratadas em nosso país. Incentivar o uso de armas é uma grande irresponsabilidade e também um engodo, uma ilusão que se vende a uma parte da população de que tem condição de comprar uma arma, porque até isso é difícil tendo em vista o preço elevado que custa uma arma em nosso Brasil”, enfatizou.
Márcio Jerry apontou ilegalidade no documento. “Sou contra o decreto. Primeiro porque contém ilegalidade, depois porque não é com flexibilização da posse de armas que o país vai diminuir a violência, ao contrário, pode estimular que aumente. Precisamos de paz, de políticas públicas de segurança eficazes, com armas nas mãos das polícias”, finalizou. Eliziane Gama questionou a medida. “Para mim é muito preocupante o decreto presidencial, já que não se resolve a violência colocando arma na mão das pessoas”.
Aqui pra nós, Hildo, Edilazio e Aluísio são três pàrias, dejetos, apenas dejetos.
Normal. A esquerda sendo a esquerda. As lições do mundo nos ensinam que desarmar o cidadão é, automaticamente, armar o bandado. Esse discurso raso de que a população precisa é de educação de qualidade – todos sabemos disso, embora a classe política “desconheça” essa necessidade – precisa se unir a outros argumentos mais sólidos, sem precisar deixar o cidadão qualificado pela legislação desarmado. Discursos esquerdistas precisam melhorar e muito…
Flávio dino se diz contra pois acha que tem que focar em tirar armas dos criminosos.Coisa essa que o PT não conseguiu fazer durante 13 anos no comando.