Após a morte do neto de 7 anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), causada por meningite meningocócica (saiba mais), voltou a ser compartilhada nas redes sociais uma notícia de 2010 com o título “Lula veta inclusão de 5 vacinas no calendário nacional”.
Os compartilhamentos são acompanhados de textos que ligam a decisão de Lula à proliferação da doença que vitimou seu neto. Mas a informação é falsa.
Isso porque o texto é verdadeiro, o veto também, mas isso tudo somado resulta apenas em meia verdade: Lula vetou um projeto de lei justamente porque a vacina contra e meningite meningocócica C (conjugada) já fazia parte do calendário básico de vacinações.
VERDADEIRO: PROJETO FOI VETADO
O projeto aprovado pelo Congresso Nacional em 2010 incluía cinco vacinas na rede pública, entre elas uma que imunizava contra um dos tipos da meningite, a meningocócica C, além de imunizações contra hepatite A, varicela (catapora), pneumococo, meningocócica C e pneumocócica sete valente.
Mas quando o projeto foi vetado, a vacina meningogócica C já integrava o calendário de vacinação da rede pública e era destinada a crianças em duas doses, aos 3 e 5 meses, com um terceiro reforço aos 15 meses de vida.
Texto da Folha de S.Paulo de novembro de 2010 — antes do veto, que ocorreu em dezembro — dizia: “O Senado também aprovou a inclusão de outras duas vacinas no calendário básico, mas elas já se tornaram obrigatórias este ano por decisão do Ministério da Saúde: as vacinas meningogócica conjugada C e pneumocócica conjugada valente”.
FALSO: VETO NÃO TIROU VACINA CONTRA A MENINGITE DO SUS
Portanto, o veto ao projeto não impediu que a vacina fosse oferecida, pois ela já constava do calendário de imunização do SUS.
O site do ministério da Saúde também informa que a vacina meningocócica C (conjugada) faz parte do calendário de vacinação – e enfrentou problemas de distribuição no ano passado.