O deputado federal Gastão Vieira (PROS) defendeu em artigo publicado no último fim de semana, a criação de um programa de Renda Mínima para a população de Alcântara. Segundo ele, a proposta seguiria modelo semelhante ao já aplicado em Kourou, na Guiana Francesa onde, com a instalação de sua Base de Lançamento Espacial, o governo Francês passou a garantir um benefício fixo, uma espécie de salário mínimo para a população local.
“Na Guiana Francesa o valor pago é o equivalente a R$ 4 mil reais para quem, antes, vivia no nível da mais absoluta pobreza. Aqui no Brasil, esse valor é perfeitamente possível de acordo com a previsão de investimento e lucro com a nova Base de Alcântara”.
O deputado apresentou números que basearam sua proposta. “Segundo dados do IBGE, 56,4% da população da cidade de Alcântara tem rendimento mensal menor que meio salário mínimo, e apenas 6,5% de domicílios possuem esgotamento sanitário adequado. Quando o assunto é tecnologia, embora já existam algumas iniciativas, quando você sai da Base, a pobreza continua imensa. Ou seja, não dá pra continuar desta forma”, disse Vieira, acrescentando que “o debate precisa avançar, porém, reconhecendo e corrigindo os erros do passado. Por exemplo, por que os quilombolas não receberam as indenizações que foram prometidas? Qual foi o problema? Essas questões deixaram marcas profundas na comunidade e precisam ser resolvidas. Hoje, eles vivem da pesca artesanal e da agricultura de toco. Mas, é isso que queremos? É isso que eles querem? Ou será que não conseguem confiar nos acordos porque já foram enganados antes?”, afirmou.
O deputado afirmou ainda que é preciso garantir renda para toda a população. “Acredito que nós não temos o direito de tirar o futuro de milhares de pessoas que serão beneficiadas diretamente por um novo acordo coerente, tanto nas comunidades quilombolas como nas tradicionais e também da população vizinha de Alcântara. E isso depende apenas dos políticos. Aqui no Brasil seria algo equivalente a R$4 mil reais por família, o que é perfeitamente possível de acordo com a previsão de investimento e lucro com a nova Base”, disse.
“O certo é que eu não acredito que, sem uma ajuda externa, sem receita externa, gerada por um outro agente econômico, Alcântara consiga melhorar a vida dos seus cidadãos. Ter a Base é uma oportunidade. Isso é fato. O cavalo está passando selado pela segunda e, como Maranhense, não vou deixar essa oportunidade ser desperdiçada sem antes usar argumentos como os que estou usando agora e me baseando em dados que demonstram a situação difícil que vive o município.”
Vieira finalizou dizendo que “é preciso aceitar esse desenvolvimento que Deus nos fornece, já que é em função da localização privilegiada, e vamos usufruir dessas vantagens. Tenho certeza de que os quilombolas não querem só o caminho do mar para pescar de forma rudimentar. Eles querem, acima de tudo, uma vida melhor; querem renda; querem algo que os tranquilize, que justifique o fato de eles terem sofrido durante tanto tempo com o abandono e sem novos enganos. Não vamos deixar o cavalo fugir. Esse é o apelo que faço a todos”, concluiu.
Afinal que diabos faz o governador Flávio Mentira para diminuir a pobreza no Maranhão? O otário teve coragem de pedir bênção à Sarney kkkkkkkkkkkkkkkkkk
O deputado tenta colher para si agora o lucro político de um futuro hipotético, obviamente sem qualquer compromisso com a realidade.
Esquece de mencionar que a Guiana Francesa pertence à França, que garante a utilização e manutenção das instalações, servindo obviamente também aos interesses da União Europeia, muito diferente do que se planeja para Alcantara, onde teremos um “aluguel”, com suas limitações contratuais de uso e duração.
Encerrado esse contrato, o nobre deputado descontará de sua própria renda para manter o tal auxílio? Ou deixará à míngua as famílias que eventualmente terão suas rendas afetadas pela ausência dos recursos?
Ora, não passa de demagogia usar um cenário hipotético para oferecer à população de Alcantara a redenção de suas vidas.
Não traça uma linha sobre aproveitar o uso da base para fomentar o turismo sustentável, inclusive o ecológico, buscar a instalação de centros de ensino que desenvolvam não de obra para serviços na própria base ou na rede de atendimento aos turistas, enfim, não fala sobre gerar trabalho… apenas renda advinda do éter.
Típico dos nossos políticos