Yglésio Moyses
Durante muito tempo, São Luís tem escolhido seus gestores pela marca do carisma. Os planos de governo durante as campanhas são muitas vezes maquiagens de promessas que nunca serão cumpridas. O resultado inequívoco de tantas piruetas de marketing muitas vezes é a decepção da população, que tem prazos variáveis para ocorrer. De seis meses de governo a um período de oito anos, a verdade é que a prefeitura de São Luís tem sepultado muitos gestores, ao término do mandato. A única exceção a esse mantra talvez tenha sido o Dr. Jackson Lago.
Nossa Ilha é indiscutivelmente rebelde e essa rebeldia da capital costuma culminar, no período eleitoral, com a busca de perfis políticos que representem a ruptura com a ordem política instaurada. Isso obviamente tem consequências boas e ruins. As boas estão ligadas à possibilidade de ruptura com gestões inegavelmente fracas e a possibilidade de oxigenação do processo. Várias vezes as máquinas dos Leões e do La Ravardière foram vencidas, mostrando que o povo de São Luís sabe ser, a seu modo e a seu tempo, soberano; as ruins estão relacionadas à possibilidade de candidatos vazios, maquiados com as tintas do bom-mocismo e das críticas ácidas à política, terem oportunidade de ascender politicamente e, quem sabe, até vencer um pleito.
Estamos em um período de pré-campanha, onde geralmente os postulantes colocam seus nomes na discussão e trabalham, nos bastidores, para viabilizar um projeto de grupo político e partidário. Alguns tentam fugir da regra e se apresentam como apolíticos, inovadores. Digo, sem medo de errar, que são charlatões. Charlatanismo é enganar, fingir-se possuidor de soluções mágicas que lhe conferirão poderes sobre-humanos, abusar da credulidade alheia. Na última eleição, um candidato que até então era um ilustre desconhecido na Ilha, apresentou-se como a novidade da política no estado. Vejam vocês: desde quando a transmissão hereditária de mandatos parlamentares é novidade no Maranhão? São os mistérios da vida…
Acontece que, desde a última eleição, três anos se passaram e o tal representante da nova política não apresentou qualquer discussão de relevância sobre a cidade que quer ser prefeito e está aqui, a 11 meses do pleito, tentando ganhar o jogo sem colocar a chuteira e cair em campo. Só que 2020 não será 2016… O pleito do próximo ano, após dois mandatos de Edivaldo, colocará à prova perfis políticos muito diferentes de uma mesma geração. Os debates certamente não serão voos solo de um candidato desconhecido em cima de outros seis ou sete nomes. A população analisará biografias políticas e profissionais sim, mas muito mais do que isso, o momento exigirá de cada postulante profunda capacidade de validar os seus planos de governo.
Quando visitamos outras capitais, podemos observar que, mesmo com mudanças de gestões ou alternância de grupos políticos, as cidades seguem uma linha bem definida de desenvolvimento e de continuidade das políticas públicas. As cidades desenvolvidas compartilham a marca de gestores que não buscam, a cada quatro anos, a reinvenção da roda. Fundamental é o acerto na escolha do perfil do prefeito e isso só acontecerá com o debate sério no período da campanha. Troca-troca de fake news, baixarias nos canais profundos da internet, fábricas de memes, toda essa política de desinformação deve ser combatida e substituída pelo confronto de projetos e soluções para a cidade. É inadmissível que se construa um prefeito com base em ataques pessoais e baixarias de toda sorte.
São Luís espera que seu próximo prefeito seja um cidadão com espírito público elevado, capacidade técnica reconhecida e veia política aguçada. Alguém com disposição e coragem para enfrentar os problemas da cidade e avançar nas políticas públicas, com um planejamento claro do que vai ser feito em cada etapa dos 4 anos de gestão, com vistas a melhores indicadores sociais e econômicos, capazes de nos conduzir a um futuro de prosperidade. A população, que acorda cedo todos os dias, não aguenta mais morosidade, falta de transparência pública e desorganização administrativa. São Luís não é para amadores!!!
Deputado estadual e pré-candidato a prefeito de São Luís
Um rapaz desse que foi desfenestrado da direção do Socorrão, por atos transloucados e incapacidade gerencional, além de ter apoiado a atual gestão em duas eleições, quer falar em amadorismo!? Só pra lembrar tá no seu primeiro mandato, e já fez feio espalhando outdoor querendo ser o responsável pela verba destinada por toda Assembléia Legislativa ao Aldenora.
O próximo prefeito de SL já tá definido tem quase 4 anos.