A Agência Espacial Brasileira (AEB) firmou pacto com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), de São José dos Campos (SP), para receber foguetes suborbitais (voam até 600 km de altitude). A agência foi autorizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) a levar empresas para lançamentos utilizando o Centro Espacial de Alcântara (CEA), na Base de Alcântara (MA). Portanto, a AEB planeja início em 2021.
O acordo com a AEB, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi assinado em maio. Ainda no primeiro semestre, a agência tornou público que tinha mais de dez manifestações de interesse. O IAE pertence ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), da FAB.
O Termo de Execução Descentralizada (TED) 015/2020, assinado dia 2, é verticalizado, abrange do conceito de engenharia aos testes com os foguetes. “Objeto: Desenvolvimento de tecnologias e soluções de engenharia, fabricação e ensaios em solo de sistemas e subsistemas de uma família de novos protótipos de foguetes suborbitais, bem como de dispositivos e meios de solo para testes e lançamento”. O valor definido no acordo, para vigorar até 31 de dezembro, é de R$ 400 mil.
AEB quer fixar internacionalização
A AEB acredita na possibilidade de transformar a Base Alcântara, por suas condições favoráveis, em “janela de acesso ao espaço do Hemisfério Sul”. Portanto, concorrendo com a Guiana Francesa, que tem o Espaçoporto de Kourou. De acordo com Uol, o mercado espacial internacional gira nos US$ 350 bilhões. Mas, em duas décadas, chegaria a US$ 1 trilhão. E que a meta “conservadora” do Brasil seria, por exemplo, abocanhar 1%, ou seja, US$ 10 bilhões.