Em tom forte, Madeira diz que política não é capitania hereditária

Apesar de ainda um pouco debilitado em consequência da Covid-19, o pré-candidato do Solidariedade a prefeito de São Luís, José Carlos Madeira, fez um forte pronunciamento em vídeo apresentado na convenção do partido realizada na noite de quarta-feira no Bairro de Fátima. O ex-juiz federal falou de sua origem simples, criticou as velhas práticas da política e disse que a periferia da capital maranhense só é lembrada em tempos de eleição.

“Minha família não é de políticos e entendo que a política não é uma capitania hereditária que pode passar de pai para filho, para neto ou sobrinho”, declarou Madeira, ao destacar que não nasceu em berço de ouro. “Pelo contrário. Sei o que é dificuldade, vivi isso na pele, mas enfrentei os desafios, venci e hoje estou aqui com vocês”. 

O pré-candidato do Solidariedade enfatizou que decidiu entrar na política porque muitas pessoas encontraram qualidades em sua biografia, passaram a confiar em sua história de vida e a acreditar que ele pode fazer a diferença na administração de São Luís. “Eu nasci e vivi no Bairro de Fátima, onde hoje vocês estão para homologar a nossa chapa, um bairro como tantos outros da periferia desassistida, abandonada, mas lembrada sempre nos anos de eleição”. 

Segundo Madeira, política é para gente de bem, que honra seu nome, sua história e zela pelo bem público. O ex-juiz federal diz acreditar na política que transforma a vida das pessoas. O tom mais forte do discurso de Madeira repercutiu logo na classe política. 

Em crítica direta ao clientelismo político e às promessas mirabolantes em tempos de campanha eleitoral, Madeira afirmou que São Luís só vai mudar com uma gestão capaz de voltar os olhos para a justiça social, a eficiência e a transparência plena. “Sem isso, não vamos a lugar algum. Sem isso, não se faz uma política nova, diferente, efetivamente transformadora”, concluiu.