Com a redução dos registros diários de novos casos e óbitos por Covid-19 no Maranhão nas últimas semanas, o Governo do Estado decidiu desativar leitos exclusivos para pacientes infectados antes mesmo de anunciar a mais recente flexibilização de medidas em território maranhense.
Desde o dia 9 de julho – 11 dias antes da redução das restrições -, até ontem, boletins emitidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam que já houve o fechamento de 180 leitos para pacientes do novo coronavírus.
A Região Metropolitana de São Luís foi a mais afetada. Foram fechados nesse intervalo 62 leitos clínicos, e outros 20 de Unidade Terapia Intensiva (UTI).
Mas o interior também teve reduzido o número de unidades. Em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão foram fechados 20 leitos clínicos. Nas demais regiões, há hoje 46 leitos clínicos a menos, e 32 de UTI.
Em entrevista coletiva na terça-feira, 20, o governador Flávio Dino (PSB) justificou a medida. Segundo ele, o leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 foram destinados para outras finalidades em virtude da queda nas taxas de ocupação em todo o estado.
“A taxa de ocupação de leitos segue em declínio, permitindo, inclusive, a retomada de estruturas hospitalares para cirurgias eletivas, com a destinação de leitos que antes eram exclusivamente Covid para outras finalidades que pressionam nosso sistema de saúde”, disse.
O socialista acrescentou que, mesmo com a redução recente de unidades, a taxa percentual de ocupação segue em queda.
“Apesar de redimensionamento, essa redistribuição de leitos entre leitos exclusivos para coronavirus e leitos com outras finalidades, no que se refere a leitos para coronavirus, nós seguimos uma tendência de declínio”, completou.