O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), em conjunto com outros 19 gestores estaduais, assinou no domingo, 19, uma carta contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelas acusações de que seriam eles os responsáveis pelo aumento no preço dos combustíveis nos estados.

“Os Governadores dos Entes Federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período. Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, diz o comunicado.

O presidente tem sido constantemente cobrado pelo alto valor dos combustíveis e do gás de cozinha, que tiveram aumentos recorde desde o ano passado. Em alguns locais, o litro da gasolina já chega a R$ 7, enquanto o botijão de gás de cozinha está em torno de R$ 100.

Em resposta, ele diz que reduziu impostos federais sobre os produtos, e tem cobrado o mesmo dos governadores. Até agora, só Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, aceitou reduzir o ICMS da gasolina.

No Maranhão, o o governo estadual já arrecadou R$ 1,8 bilhão do ICMS dos combustíveis. E, recentemente, mandou aumentar o preço médio para cobrança desse imposto (saiba mais).