A Câmara Municipal de São Luís realizou, na terça-feira (4), a quarta reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a situação do transporte público em São Luís
Dessa vez, foram ouvidos dois convidados: Manoel Cruz, consultor técnico da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), e José Luís Medeiros, ex-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), representando as empresas de transporte rodoviário.
Durante a reunião, os parlamentares solicitaram esclarecimentos referentes à licitação realizada em 2016 e aos contratos de concessão aos empresários que operam o sistema de transporte público.
Os convidados responderam, dentre outros questionamentos, sobre como a SMTT fiscaliza o cumprimento das obrigações contratuais por parte das empresas; o desequilíbrio financeiro do sistema; o impacto da pandemia para as condições do transporte; os critérios considerados para definir o valor total da licitação; a operação do sistema de bilhetagem; a manutenção dos terminais de integração; e possíveis soluções para a problemática do transporte público.
O vereador Octávio Soeiro (Podemos) fez uma grave revelação: segundo ele, o Município vdd São Luís pagou R$ 3 milhões por um estudo do sistema de transporte cujos resultados nunca foram apresentados.
O vereador Álvaro Pires, relator da CPI, informou que solicitará dados oficiais junto à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes. “Para que possamos começar nosso relato, precisamos, de fato, ter acesso aos números. Vou, pessoalmente, solicitar esses números à SMTT e divulgar nas minhas redes sociais nos próximos dias”, comunicou.
A reunião desta terça-feira foi conduzida pelo presidente da CPI, vereador Chico Carvalho (PSL). Participaram também o relator da comissão, vereador Álvaro Pires (PMN); vereador Octávio Soeiro (Podemos), secretário do colegiado; Jhonatan Soares, co-vereador do Coletivo Nós (PT), que é o vice-relator da CPI; além do vereador Astro de Ogum (PCdoB) e dos co-vereadores Eni Ribeiro e Flávia Almeida, do Coletivo Nós (PT).
A comissão voltará a se reunir na próxima terça-feira (11), às 9h, para ouvir Gilson Neto, proprietário da empresa Ratrans; Israel Petrus, secretário adjunto da SMTT à época; e Isaías Castelo Branco, então presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão.