Declarações repugnantes como as do parlamentar Arthur do Val nos causam perplexidade e indignação em uma escala monumental. É inaceitável que em um cenário de guerra, em uma missão oficial, um homem público tenha comportamento tão desprezível e se defenda dizendo que mandou os áudios para um grupo de amigos pessoais.
Seu erro é irreparável e joga luz em um problema real vivido diariamente por milhares de mulheres em diferentes tipos de ambientes, o machismo, que permeia todas as classes sociais e ideologias. Nos espaços de poder, o machismo passa pelo desprezo à capacidade técnica e profissional da mulher. Tenta-se alijar a mulher das decisões, calar sua voz e entendê-la como figura decorativa.
Se uma mulher luta e esbraveja pelos seus direitos e ideias, logo o machismo a classifica como histérica. Foi assim na CPI da Pandemia, em que a assertividade feminina era lida pelos homens como nervosismo e desequilíbrio. O homem pode gritar e bater na mesa; é visto como liderança forte.
Somente em 2021, uma senadora relatou a indicação para um ministro do Supremo Tribunal Federal. O mesmo acontece com os projetos e temas mais relevantes que são relatados quase sempre por parlamentares homens.
No Brasil, a mulher é julgada pela aparência, pela roupa que veste. Um deslize e você é ridicularizada ou vira motivo de piadinhas infames. O Parlamento é um lugar ainda machista. Ali brigamos contra uma hierarquia de gênero. É só uma parlamentar pegar o microfone, seja no plenário ou nas comissões, que as conversas paralelas aumentam de volume.
O deputado Arthur do Val é um dos expoentes dessa sociedade machista. Na frente dos holofotes, fala como bom moço, se elege com a bandeira da moralidade e da nova política, mas, nos bastidores, reflete postura baixa, vulgar, nojenta e atrasada. Isso precisa mudar. Não podemos aceitar a condição de cidadã de segunda classe.
É simbólico que esses áudios tenham sido feitos no mês em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, no mês em que o Senado e a Câmara vão apreciar dezenas de projetos que interessam às mulheres. Precisamos tornar nossa legislação mais arrojada e eficiente para punir agressores e impedir que ações asquerosas como as que vimos tornem a acontecer.
Esse comportamento misógino nos dá combustível para nossa luta por mais espaços, por mais respeito, por mais Justiça. Que os homens entendam de uma vez por todas: o lugar da mulher é onde ela quiser, na política principalmente.
Artigo da senadora Eliziane Gama (Cidadania), líder da Bancada Feminina no Senado Federal, publicado neste domingo, 6, no jornal O Estado de São Paulo
Arthur do Val e a maioria dos políticos, inclusive essa Senadora, não só envergonham como emporcalham a Nação, eles se aproveitam da falta de consciência política do povo para se apropriar do dinheiro público e conseguir benesses em razão do mandato, e depois ficam fazendo lambanças para a mídia e os incautos.
Eu me lembrei de uma senadora que ficou omissa na cpi do luladrão (covid) quando as testemunhas femininas foram humilhadas, desrespeitadas, massacradas na frente da mesma e esta não deu um pio, muda, surda e cega. Teve que aparecer leila do vôlei para intervir e defender uma das testemunha. Por acaso não foi a mesma que diz que escreveu este artigo?
Não tem adjetivos em português para definir esta doente.
Essa daí é nossa Marina da Silva kkkkkkkkkk
A irmãzinha é uma oportunista q usa a desgraça alheia para aparecer…….