Imirante
O ex-prefeito de São Mateus Miltinho Aragão (PSB), um dos principais coordenadores da campanha do governador reeleito do Maranhão, Carlos Brandão, no interior do estado, declarou nesta sexta-feira (4), em entrevista ao programa Panorama, da Mirante AM, que o processo eleitoral deste ano deixou “fissuras” e “arranhões” na relação com o senador Weverton Rocha (PDT) e que o pedetista, agora, terá que arcar com as consequências políticas do rompimento com o grupo do ex-governador e senador eleito Flávio Dino (PSB).
Segundo ele, o socialista “tentou até o último minuto da prorrogação” a construção de uma candidatura única do grupo, sem sucesso.
“Ficaram fissuras, arranhões, pós-eleição. Uma eleição que, eu diria, traumática desde o início, quando havia a discussão em torno da tentativa de um consenso. O ex-governador Flávio Dino tentou até o último minuto da prorrogação que ocorresse essa unidade, ele postava nisso. Quando muitos não apostavam, ele fez todas as tentativas, elencou todas as possibilidades, mas, naquele momento, o senador Weverton não enxergou os benefícios do futuro político de quem o cercava, do próprio Maranhão, e decidiu pela ruptura”, afirmou.
Aragão apontou, ainda, que o pedetista foi levado por alguns aliados a romper com o Palácio dos Leões, e, depois, foi abandonado eles.
“Alguns nomes do entorno do Weverton também dificultaram, é bom lembrar. Vários nomes que empurraram o Weverton para um não consenso naquele momento e, depois, foram saindo, um a um, e deixaram o senador sozinho quando não dava mais tempo de voltar”, completou.
Para o ex-prefeito, Weverton agora terá que arcar com as consequências políticas do rompimento. E um deles, afirma, é provavelmente ter que disputar uma reeleição para o Senado, em 2026, contra dois candidatos governistas – um deles o próprio governador Carlos Brandão.
“Na política, as consequências de decisões que são tomadas são inevitáveis, e elas estão aí, postas. Eu já dizia, quando me perguntavam, se não tivesse consenso haveria comprometimento de decisões do cenário de 2026, quando nós teremos duas vagas para o Senado. Uma, certamente, será do governador Brandão, ele não hesitará de buscar essa vaga e a outra, muito provavelmente sairá da discussão dele, no comando do processo político em 2026 pra indicar essa outra vaga. E, aí, quem esteve na vitória, certamente vai reivindicar essa outra vaga”, completou.
