Um dos mais cotados para a vaga de Augusto Aras na PGR até o fim do ano passado, o subprocurador-geral da República Nicolao Dino viu seu favoritismo ruir nos últimos meses.
O mandato do atual procurador-geral dele termina em seis meses.
Atualmente, jornalistas que cobrem o poder em Brasília apontam para dois nomes na disputa – e nenhum deles é o do irmão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).
Os mais cotados hoje são os subprocuradores Paulo Gonet e Antônio Carlos Bigonha.
O primeiro, por sua atuação no TSE, nas eleições de 2022, quando solicitou a exclusão de publicações do vídeo da reunião de Jair Bolsonaro com embaixadores e disse que as falas do então presidente sobre fraudes no sistema eleitoral eram “falsas”.
Também pesa a favor dele sua relação com o ministro Gilmar Mendes, do STF – eles foram sócios no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e já escreveram um livro juntos.
Já Bigonha é apoiado por advogados do entorno do presidente Lula. Nos últimos anos, ele fez críticas à Lava Jato. Em 2019, por exemplo, Bigonha pediu a palavra no fim de uma sessão da Segunda Turma do STF para fazer um “pedido de desculpas” aos ministros. Na ocasião, o subprocurador criticou colegas por terem divulgado uma nota lamentando a anulação de uma condenação de Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras, proferida por Sergio Moro.
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