Médico que estudou uso de proxalutamida para Covid-19 é absolvido no AM

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CREMAM) absolveu nesta semana, por unanimidade, o Dr. Flavio Cadegiani, médico, cientista e autor líder de pesquisas com a proxalutamida para tratar a COVID-19. O braço norte do estudo ocorreu em seis cidades do Amazonas. Todas as acusações foram retiradas após a inocência do médico ter sido comprovada.

Uma das denúncias era que o Dr. Cadegiani, juntamente com outros autores do estudo, não havia cumprido o Código de Ética Médica, mais especificamente o artigo 109, que diz: “Deixar de zelar, quando docente ou autor de publicações científicas, pela veracidade, clareza e imparcialidade das informações apresentadas”.

Uma outra acusação alegava que a divulgação dos resultados das pesquisas com proxalutamida teria sido feita de forma sensacionalista, promocional ou contendo informações inverídicas durante uma entrevista coletiva. No entanto, a Dra. Danielle Monteiro Fonseca da Silva, conselheira relatora do processo, afirmou em seu voto que diversas ações semelhantes foram observadas durante a grave crise da pandemia, como a divulgação de vacinas nacionais e medicamentos sem autorização dos órgãos competentes. A decisão da Dra. Silva foi seguida pelos outros conselheiros que participaram do julgamento.

Em outro aspecto, também envolvido no julgamento, estava a acusação vinda da CONEP – Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, de que a pesquisa não poderia ter ocorrido em Manaus, mas apenas em Brasília. Mas a denúncia não procedia. “Ficou nítido para todos ao longo do julgamento que tal acusação não tinha absolutamente qualquer fundamento”, explicou Cadegiani.

A relatora votou pela inocência de Dr Cadegiani. “Provou nos autos não ter vínculo com a indústria farmacêutica, tampouco divulgou informações inverídicas, mostrando, apenas, os resultados animadores das pesquisas”, afirmou em seu voto.

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